O Corinthians não tem mais 100% de aproveitamento nem a liderança isolada do Campeonato Paulista. Neste domingo, o time dirigido por Tite ficou em um empate por 1 a 1 com o Bragantino (gols de Serginho e do peruano Cachito Ramírez) e não conseguiu ultrapassar o Paulista de Jundiaí na tabela de classificação. Murilo Henrique e Vitor Júnior foram expulsos na partida.
Com o resultado, o Corinthians avançou para os mesmos 13 pontos do Paulista, porém leva desvantagem no saldo de gols (8 a 5 para o time de Jundiaí). Na próxima quarta-feira, visitará o Mogi Mirim, no Romildão. O Bragantino, que passou a totalizar 4 pontos, jogará contra o Ituano no mesmo dia, no Novelli Júnior.
O jogo – A torcida do Corinthians encontrou um motivo para cantar ainda mais alto logo no início da partida deste final de semana. E não foi nada positivo. Aos dois minutos, Romarinho cobrou falta na área, onde André Astorga estava em posição irregular, e o goleiro Julio Cesar soltou a bola. Chicão e Leandro Castán se atrapalharam para afastar, facilitando para Serginho chutar para o gol.
Em desvantagem no placar, o Corinthians se lançou ao ataque de maneira desorganizada. A equipe de Tite contava apenas com o peruano Cachito Ramírez em seu setor criativo (Alex e Danilo foram preservados) e não conseguia ser objetiva ofensivamente. A bola rondava a área do Bragantino de um lado a outro, sem levar tanto perigo ao goleiro Alê.
Para colaborar com a armação, Gilsinho e Jorge Henrique recuaram e deram opções de jogo pelas laterais do campo. Paulinho e até o zagueiro Leandro Castán tentaram encurtar o caminho para o gol com chutes de longa distância. Mesmo desengonçado, Alê foi eficiente para espalmar todas as investidas.
O técnico Marcelo Veiga sabia que era difícil suportar a pressão do Corinthians durante toda a partida. Aos berros, mandou o Bragantino voltar a atacar. "Estamos com três atacantes", ele havia avisado, antes de o confronto começar. Restou ao time do interior, no entanto, apostar em novos erros do sistema defensivo corintiano nas jogadas de bola parada.
Por sua vez, a defesa visitante apelou para a rispidez para não pecar. Aos 44 minutos, o zagueiro Murilo Henrique atingiu Gilsinho, recebeu o seu segundo cartão amarelo e o vermelho. Foi o último alento do Corinthians no primeiro tempo. Do outro lado, Marco Antonio Abi Chedid, presidente do Bragantino, revoltou-se e foi cobrar o árbitro Leonardo Ferreira Lima no caminho para os vestiários.
Marquinho Chedid certamente ficou ainda mais nervoso no início do segundo tempo. Aos seis minutos, Cachito Ramírez fez uma bela jogada individual, carregou a bola da esquerda para a direita e acertou uma conclusão de fora da área no gol. De imediato, Marcelo Veiga entrou em ação e trocou Romarinho e Paulo Roberto por Diego Paulista e Guilherme Mattis, adotando postura mais cautelosa.
Já Tite não estava satisfeito com o empate. Vitor Júnior substituiu o apagado Ramon com a missão de abrir mais espaços para o Corinthians no ataque. Não conseguiu. Em pouco mais de dez minutos em campo, o meia recebeu dois cartões amarelos e acabou expulso. Chorou ao deixar o campo, frustrado, e precisou ser consolado pela comissão técnica.
Sem Vitor Júnior, Tite foi ousado e colocou o centroavante Elton no lugar de Chicão. O Corinthians, contudo, já não fazia a bola chegar ao ataque com a mesma eficiência de quando estava com um jogador a mais em campo. A última cartada veio com Weldinho na vaga de Gilsinho. Não era o bastante para seguir com 100% de aproveitamento no Campeonato Paulista.