O Corinthians brigou bastante, mas criou pouco na noite desta quarta-feira, assim como o Grêmio, no duelo dos líderes do Campeonato Brasileiro. Em melhor situação devido aos nove pontos de diferença, o Alvinegro até tentou pressionar e sufocar o adversário, mas não conseguiu sair do 0 a 0 no estádio de Itaquera, em placar que pode ser considerado justo dado ao nível de apresentação das equipes.
Com o resultado, o Timão chega aos 59 pontos conquistados, contra 50 do próprio Grêmio, mantendo a distância para os gaúchos. Santos e Palmeiras, que jogam no complemento da rodada, podem diminuir a desvantagem, mas o máximo que pode acontecer é o segundo colocado ficar a sete pontos do Alvinegro.
Na próxima rodada, os comandados do técnico Fábio Carille terão pela frente o Botafogo, em duelo que será realizado apenas às 20h (de Brasília) da segunda-feira, dia 22, no Nilton Santos. Do outro lado, os gremistas terão pela frente o Palmeiras, em sua Arena, no domingo, às 17h (de Brasília).
Assim como era de se esperar, o primeiro tempo do duelo entre os líderes do Brasileiro reuniu duas equipes bastante dedicadas e sem deixar espaço para o adversário. Com menos preocupações para a partida, já que entrou em campo com boa vantagem sobre os gaúchos, o Timão se limitou a anular as tentativas do adversário nos primeiros 15 minutos de bola rolando, principalmente com a boa marcação na saída de bola.
O primeiro lance de perigo, porém, foi a senha para os corintianos se soltarem mais. Aos 11 minutos, Edilson saiu bem da marcação de Romero, tabelou com Barrios, driblou Pedro Henrique e finalizou dentro da área. Por estar rodeado de corintianos, porém, ele não conseguiu colocar força no chute e facilitou o trabalho de Cássio. A partir dali, os laterais corintianos saíram mais para o apoio e conseguiram criar perigo para o adversário.
Em jogada pela esquerda, Guilherme Arana acionou Rodriguinho na lateral da área e o armador foi derrubado por Pedro Geromel. Na cobrança, Jadson levantou na segunda trave e achou Jô na pequena área. O centroavante subiu mais alto que Jailson e cabeceou para o chão. A bola quicou e passou raspando a trave de Marcelo Grohe, que nem se mexeu. Na sequência, Romero limpou o zagueiro e foi travado na hora do chute.
O jogo continuou igual, com Gabriel acompanhando Luan onde quer que o armador tricolor fosse, deixando a criação mais a cargo de Fernandinho. Com boas dobradinhas ao lado de Cortez, ele levou perigo e fez até com que Fagner fosse amarelado. O outro lance de perigo, no entanto, veio quando Barrios ganhou de Pedro Henrique e invadiu a área, mas Balbuena apareceu para cortar o lance na hora certa.
O segundo tempo mostrou times com o mesmo receio para atacar, mas sem tanto fôlego para buscar um jogo intenso. Dessa forma, os primeiros 20 minutos foram de muitos toques laterais e bastante marcação. Durante 1m30s de posse de bola do Corinthians, por exemplo, os alvinegros recuaram todas as vezes em que foram pressionados pelos gremistas. A marcação ganhou com sobra até Balbuena estourar a bola e entregá-la ao rival.
Buscando um jogo de mais qualidade, Carille, como sempre, chamou do banco de reservas Clayson e Marquinhos Gabriel, substituindo Jadson e Romero, respectivamente. Com as alterações, praticamente as mesmas que realizou durante todo o Brasileiro, o treinador tentou abrir mais o jogo e ter mais tabelas pelo lado. Logo na sequência, ele perdeu sua outra chance de udar o jogo quando Gabriel, com câimbras, deu lugar a Fellipe Bastos.
Percebendo a impossibilidade de o Timão ficar mais ofensivo, Renato Gaúcho acionou os avantes Everton e Beto da Silva, dando sangue novo ao seu ataque. Quem criou perigo primeiro, no entanto, foi o time da casa. Aos 30 minutos, Marquinhos Gabriel deu belo drible em Cortez e acionou a boa ultrapassagem de Fagner. O lateral cruzou rasteiro para Rodriguinho, mas Edilson, preciso, cortou antes de o armador finalizar.
A resposta gremista foi em grande estilo. Quatro minutos depois, após falta cometida por Fagner, na lateral da área, Edilson bateu forte e carimbou o travessão de Cássio. Depois, o Timão buscou algumas bolas erguidas na área adversária, mas Kannemann e Geromel, impecáveis, conseguiram anular essas chances. No último suspiro, Jael, de cabeça, mandou rente à trave de Cássio a oportunidade final.