O Corinthians já pode pensar exclusivamente no Mundial de Clubes de dezembro, no Japão. Na noite deste sábado, a equipe dirigida por Tite empatou com a Portuguesa por 1 a 1 (gols de Marcelo Cordeiro e Douglas, no primeiro tempo) no Canindé e atingiu a pontuação estabelecida por seu comandante para não haver mais preocupação com o Campeonato Brasileiro.
Agora com 43 pontos ganhos (como queria Tite), o Corinthians só cumprirá tabela nas últimas oito rodadas da competição nacional – o próximo adversário será o Cruzeiro, quarta-feira, em Varginha. A comissão técnica começou a programar uma escala de folgas para os jogadores mais desgastados do elenco. A meta é que todos estejam bem condicionados no Mundial.
Já a Portuguesa subiu para 37 pontos, distante da zona de rebaixamento e com o objetivo de alcançar uma vaga na Copa Sul-americana de 2013. Na quarta-feira, voltará a jogar em casa contra outro clube de massa, o Flamengo.
O jogo – Em maioria no Canindé, os torcedores do Corinthians tentaram se sentir em casa no estádio da Portuguesa antes de a partida começar. Gritaram os nomes dos jogadores que foram campeões paulistas de 1977, há exatos 35 anos, e fizeram muita festa para apoiar a equipe liderada por Tite.
Bastou o jogo começar, no entanto, para a Portuguesa procurar se impor como mandante. Zé Antônio machucou o atacante Emerson em uma dividida forte, com menos de dois minutos. Aos 13, o primeiro gol. Marcelo Cordeiro cobrou uma falta (muito contestada pelos corintianos) da direita em direção à área, e a bola entrou. Tite e seus jogadores pediram impedimento de Ferdinando no lance, porém o árbitro Rodrigo Braghetto ignorou as reclamações.
O gol ao menos serviu para esquentar o Corinthians na fria noite paulistana. Empurrados por seus torcedores, os visitantes alcançaram o empate três minutos depois. Douglas recebeu a bola com liberdade diante de área da Portuguesa, clareou e acertou um chute colocado no ângulo. Restaram apenas lamentações para o goleiro Dida, ídolo dos corintianos.
Novamente em igualdade, o Corinthians passou a dominar a partida. Sem Emerson. O Sheik, que continuou mancando depois da falta sofrida no início do jogo, precisou ser substituído pelo jovem Giovanni. O herói da conquista da Copa Libertadores da América ainda tentou permanecer em campo, mas só resistiu até os 19 minutos após dar alguns passes e piques.
Romarinho, então, incumbiu-se de ser a principal referência ofensiva do Corinthians. Com dribles de um lado a outro do gramado, o jogador desestabilizou a defesa da Portuguesa. Iniciou uma jogada que deixou Fábio Santos (mais um em noite inspirada) diante de Dida, outra que culminou com um chute perigoso de Edenílson e uma última que quase acabou em gol contra de Marcelo Cordeiro.
No intervalo, entretanto, o técnico Geninho conseguiu corrigir os problemas de marcação da Portuguesa, que voltou a atacar no segundo tempo. Aos 11 minutos, os donos da casa até colocaram a bola na rede. Bruno Mineiro aproveitou um rebote do goleiro Cássio e cabeceou para o gol – mas em posição de impedimento, de acordo com a arbitragem.
A evolução da Portuguesa em campo deixou o Corinthians mais acuado. O volante Guilherme tentou ser uma solução ofensiva da equipe, chegando mais ao ataque – justamente ele, que teve uma saída conturbada do clube lusitano e era bastante hostilizado pela torcida adversária.
Mesmo assim, o jogo ficou mais morno do que no primeiro tempo. Geninho ainda tentou animar a Portuguesa com o ex-corintiano Heverton no lugar de Zé Antônio. Do outro lado, Tite colocou Chiquinho na vaga de Douglas. Nenhuma das alterações surtiu o efeito desejado.