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Corinthians e Santos fazem clássico hoje no Paulistão

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O último clássico da primeira fase do Campeonato Paulista poderá definir a primeira eliminação de um grande clube do Estado. Em busca de se aproximar ainda mais da vaga na próxima fase, o Corinthians terá a chance de decretar o virtual adeus do Santos ao sonho do tricampeonato estadual. Depois de quatro vitórias consecutivas na competição, a última sobre o líder Guaratinguetá, o Peixe precisará de outro triunfo para entrar definitivamente no páreo por um lugar nas semifinais, mas o tempo é curto (restam três rodadas), e o adversário será o arqui-rival, às 21h45 (de Brasília) desta quarta-feira, na Vila Belmiro.

O Timão tem a chance de até assumir a liderança do Paulistão em caso de vitória sobre o adversário e de uma combinação de resultados. Porém, o técnico Mano Menezes lembra da dificuldade de encarar a equipe da Baixada, que está em ascensão no Estadual.

“É difícil de jogar na Vila, pois o Santos faz a maioria de seus resultados lá e essa será uma dificuldade para nós, mas nada que não possa ser superado. São duas equipes parelhas na parte técnica, na montagem e na campanha. O Santos começou com mais dificuldade, mas nos últimos jogos vem fazendo campanha de equipe classificada. Temos de saber nos comportar neste momento”, alertou o comandante corintiano.

Leão leva Santos a campo para mais um capítulo da “aventura” pela vaga, enquanto Mano busca eliminar de vez um grande da disputa Para o santista Emerson Leão, que comandava o arqui-rival há um ano, a meta de vencer as três últimas partidas da competição, a começar pelo clássico desta semana, é digna de aventureiros. “Cada dia é uma aventura. E não pensem que aventuras não dão dinheiro, senão não vendiam vídeos na África para o Discovery, o Animal Planet, essas coisas que gosto”, sorriu o treinador. “A recompensa da nossa aventura é o sorriso e a tranqüilidade.”

Em seguida, Leão passou alguns minutos calculando as probabilidades de classificação de seu time e dos concorrentes. Segundo o matemático Tristão Garcia, os 26 pontos do Santos lhe deixam com 15% de chances de tirar, ao menos, o quarto lugar do Corinthians, que, com 30 pontos, tem 61% de possibilidades de alcançar as semifinais. “Mas todo mundo precisará refazer as contas e aumentar as nossas chances. Estamos indo contra os matemáticos”, avisou o técnico.

No início do ano, no entanto, quem enfrentou a lógica foi o Corinthians. “Houve 90% de reformulação, e eles conseguiram resultados já no Paulista, o que não era a meta esperada”, elogiou Leão, seguindo o exemplo do adversário. “Fizemos um trabalho silencioso, com muitos reparos por causa das nossas limitações. Não prometemos nada quando estávamos lá embaixo. Só ouvimos muitas coisas desagradáveis. Agora, que podemos chegar ao bloco da frente, a responsabilidade aumentou”, comentou.

Sem se deixar passar por indelicado, Mano Menezes retribuiu os elogios ao adversário, mas brincou quando se referiu à disposição de Leão em colocar o Peixe no ataque. “O que eu gostaria que ele fizesse é que jogasse atrás. Mas, guardada a brincadeira, o Leão arma a equipe ofensiva de modo geral. Ele vem armando um meia ofensivo e dois homens um pouco à frente. Ele encontrou um novo parceiro para o Kléber Pereira e estamos preparados para enfrentar. Mas não basta estar preparado para combater, é também preciso atacar e buscar a vitória. É o que eu espero do Corinthians neste jogo”.

O elenco do Corinthians ainda quer mostrar que não se deixou abater pela queda de rendimento nos últimos jogos. Na rodada passada, por exemplo, o Timão sofreu para superar o lanterna Rio Claro por 1 a 0, placar da vitória santista sobre o líder. “Não é preocupante. Cada partida é uma história”, diferenciou o volante Fabinho. Ex-santista, ele sabe da importância de uma vitória nesta quarta-feira. “É um clássico contra um concorrente direto, e ninguém quer perder. Será um dos melhores jogos do campeonato.”

Como os números favorecem o Corinthians, o time de Mano Menezes não deverá se expor muito. “A Vila é um campo apertado, em que o Santos trabalha muito com sua torcida. Joguei lá e sei como funciona. Teremos que tomar cuidado para não sermos surpreendidos nos primeiros 15 minutos”, alertou Fabinho. O Timão é o quarto colocado na tabela, com 30 pontos, enquanto o Peixe é o sétimo, com 26.

O jogo ainda servirá para mudar a campanha de um dos rivais em clássicos na temporada. O Peixe empatou com o Palmeiras e perdeu para o São Paulo, enquanto o Timão tem retrospecto contrário, com derrota para o Verdão e igualdade com o Tricolor. Mas Mano se apega à tradição da Portuguesa para negar que seu time tenha um mau retrospecto contra rivais no ano. “Vou deixar bem clara minha idéia neste assunto. Para mim, jogamos três clássicos, sendo que ganhamos um (Lusa), empatamos um e perdemos outro”.

Para não deixar qualquer dúvida e buscar um triunfo na Vila, o comandante corintiano promoverá mudanças na equipe. Diogo Rincón se recuperou de contusão no joelho e, apesar de ainda não estar confirmado pelo comandante, deverá ser a principal novidade no time, assumindo a vaga de Marcel. Uma mudança certa no meio-campo é a entrada de Perdigão no lugar de Heverton. Já no ataque, a dúvida está entre Herrera e Acosta.

No Santos, a única mudança provavelmente será a entrada do volante Adriano no lugar de Rodrigo Souto, suspenso. O lateral-direito Denis, que se dizia em perfeito estado físico depois de tratar uma contusão muscular, foi preterido por Leão pelo improvisado Adoniran. No ataque, a titularidade do chileno Sebastián Pinto é ameaçada pelo prata-da-casa Renatinho. “Não sei se ele. Vamos conversar para não me precipitar”, disse Leão.

Menos importante que a matemática, o clássico desta quarta-feira também valerá dois tabus para o Corinthians. O Timão não vence na Vila Belmiro desde 2005 e há um ano não alcança três vitórias seguidas. A última vez que o time venceu o Santos na casa do rival foi em 13 de outubro de 2005, por 3 a 2, pelo Campeonato Brasileiro. O agora santista Betão marcou um dos gols corintianos na ocasião, em partida que foi interrompida após invasão dos torcedores santistas ao gramado.

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