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Corinthians e Palmeiras brigam por vaga nas semifinais no Paulistão

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Corinthians e Palmeiras, eternos rivais e principais campeões do Estado de São Paulo, escreverão o 326º capítulo da história dos duelos entre as equipes neste domingo, a partir das 16 horas, no estádio do Morumbi, palco de inúmeros e inesquecíveis confrontos entre os dois times.

Desta vez, no entanto, alviverdes e alvinegros não estarão lutando para ver quem sairá de campo com a faixa de campeão. Repetindo o que já fizeram no último Campeonato Brasileiro, Palmeiras e Corinthians brigarão somente para se manterem vivos na luta por uma das quatro vagas às semifinais do Paulistão.

Ao contrário de 2006, desta vez quem entra em campo com um time jovem e com um treinador inexperiente é o Palmeiras. Caio Júnior é o Ademar Braga da vez e jogadores como Wendel, Francis e David assumem os papéis desenvolvidos pelos corintianos Marcelo, Eduardo Ratinho e Marcos Vinícius no clássico realizado dia 26 de março de 2006 (empate por 1 a 1), válido pelo Paulistão da última temporada.

Pelo lado corintiano, o treinador experiente é Emerson Leão, que trocou de Parque. Enquanto no Palmeiras o leonino comandava Juninho Paulista, Paulo Baier e outros “trintões”, no Parque São Jorge o técnico tem Jean, Marinho, Magrão, Roger, Amoroso, Gustavo e outros mais rodados no mundo do futebol, nem todos titulares neste final de semana.

Titular e veteraníssimo é Edmundo. O jogador começaria o duelo de domingo no banco, mas a contusão do jovem William obrigou o técnico Caio Júnior a promover o retorno do Animal, ausente da equipe nos últimos quatro jogos por causa de uma tendinite no joelho direito.

Mesmo lamentando a ausência de William, o treinador destacou a importância do veterano atacante no clássico contra o rival. “O Edmundo tem um poder de finalização excelente e isso é um fundamento muito importante para nós, que pode ser decisivo em um clássico desta grandeza”.

O jogador fará dupla pela terceira vez com o chileno Valdívia. Nos treinos coletivos da semana, o resultado foi bom e a expectativa para domingo é a melhor possível. “O Edmundo e o Valdívia são inteligentes e, se tiverem seqüência, poderão render muito mais, mas eu não posso cobrar deles o que só o tempo pode dar”, filosofou.

Apesar da dupla, o Palmeiras terá de lidar e superar o nervosismo de seis “estreantes” em clássicos contra o rival. David, Leandro, Edmílson, Martinez, Pierre e Alemão participarão pela primeira vez de um dérbi paulistano. O técnico não quer saber de desculpas e espera que o time, mesmo com tantos jogadores jovens e “estreantes”, se apresente bem e engrene a segunda vitória seguida na competição.

“Cada um tem uma reação, mas eles já disputaram um clássico contra o Santos e foram bem. Quando a bola começar a rolar, quero concentração total”, avisou, dando um conselho especial para uma de suas principais apostas: David. “É uma grande chance para o David adquirir uma bagagem maior, pois é em jogos como esses que o profissional se valoriza, principalmente se sair de campo com uma vitória”.

David entendeu o recado e prometeu tentar repetir pelos profissionais o mesmo desempenho alcançado em uma partida de juniores em 2005, quando encarou o Corinthians e deixou o Morumbi com uma vitória por 7 a 1. “Sei que um resultado tão elástico será difícil de acontecer, mas espero sair novamente com uma vitória e ter uma boa atuação, pois isso poderá me ajudar na carreira”.

Outro estreante será Alemão. Depois de marcar um gol contra o São Caetano, dançar forró e prometer um funk se balançar as redes do Corinthians, o jogador chamou a atenção para si e foi repreendido, mesmo com bom humor, pelos corintianos Amoroso e Magrão. “Ele é muito novo ainda e vai aprender no futebol”, discursou o volante, enquanto o atacante desafiou o adversário a provar em campo o que fala fora das quatro linhas.

Já o técnico Caio Júnior saiu em defesa de seu novo artilheiro. “Antigamente o Dadá (Maravilha) falava bastante antes de jogos importantes e era algo sadio. Eu não sou de falar muito, mas acho que o Alemão teve boa intenção, assim como o Amoroso também provoca antes dos clássicos, mas de forma sadia. Acho que temos de enfatizar a necessidade de não haver violência e sim um jogo bonito, como foi contra o Santos. É isso que a torcida quer ver”.

Assustado, o centroavante admitiu ter ficado surpreso com a repercussão de suas declarações. “Eu nunca falei que faria gol. Disse que, caso fizesse, comemoraria de forma diferente. Acho que exageraram do lado do Corinthians”, opinou Alemão, sem confirmar se dançará ou não o “funk da discórdia” se balançar as redes de Jean.

No ano passado, Leão esteve presente em dois clássicos, um em cada lado (empatou pelo Verdão e venceu no Timão). É com o respaldo e a bagagem de quem já foi ídolo no rival que o treinador alvinegro evitou entrar em atritos nas vésperas do clássico.

“Eu gosto de falar pouco, sem entrar em detalhe ou provocação em relação ao adversário. Já estive dos dois lados e sei que o mundo gira de uma forma muito intensa. Na mesma proporção, os dois times querem vencer e acho que vai ser legal”, comentou, apesar de não concordar com Alemão. “Acho que ser audacioso é interessante, mas exagerado, não”.

Se o Palmeiras teve toda a semana para se preparar visando ao clássico, o Corinthians viveu dias bem mais agitados, mas a vitória sobre o Pirambu deu a classificação ao time para a próxima fase da Copa do Brasil e ainda trouxe de volta a tranqüilidade ao elenco, além de também diminuir a pressão sobre Leão.

“Precisávamos voltar a vencer. Tudo bem que nós também estávamos sem perder (eram dois empates seguidos), mas fico satisfeito por termos eliminado o adversário”, enalteceu o comandante.

Enquanto Caio Júnior tem a expectativa de ver a reação de seus estreantes no clássico, Leão fez questão de exaltar a importância do jogo, mesmo sem se lembrar de seus trabalhos na temporada passada. “Sinceramente, eu não me lembro do que ocorreu no ano passado (nos clássicos) porque nós jogamos muito. É uma rotina saudável e todos devem participar. Quem tem a felicidade de participar desses clássicos pode se sentir profissional”.

Mas o treinador terá problemas para escalar a equipe, já que o capitão Betão terá de cumprir suspensão automática, enquanto o reserva Bruno Octavio também está fora. Carlão, que pode ser improvisado na lateral esquerda, ainda depende de aval do departamento médico, já que levou uma pancada na canela contra o Pirambu. Se não jogar, entra Wellington.

No meio-campo, a dúvida de Leão é entre William e Daniel. Como deve adotar uma postura mais cautelosa do que a mostrada contra o Pirambu, a escolha deve recair sobre seu “pupilo” dos tempos de Santos e São Caetano.

A boa notícia é o retorno de Marinho, recuperado de uma contusão no rosto que o afastou dos gramados nos últimos jogos. Amoroso, ainda sem o condicionamento ideal, fica no banco.

Para acirrar ainda mais a disputa deste domingo, Corinthians e Palmeiras possuem o mesmo número de pontos no Paulistão (16), mas o time de Parque São Jorge leva vantagem nos critérios de desempate. A necessidade de encostar novamente no pelotão de frente obriga os rivais a buscarem o ataque. “Os dois precisam vencer, pois o empate é ruim. Por isso, acho que será um jogo bom”, prevê Marcelo Mattos.

O técnico palmeirense endossa as palavras do rival. “A vitória é necessária para ambos, então acredito que esse será um grande jogo, tanto tática quanto tecnicamente”.

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