Entusiasmado pela vitória por 3 a 1 sobre o Santos na Vila Belmiro, o técnico Mano Menezes preservou apenas o atacante Jorge Henrique da viagem a Curitiba. O objetivo do comandante é deixar a equipe unida antes do segundo jogo da final do Paulistão. “Não quero dispersão nessa hora”, justificou.
Até mesmo o atacante Ronaldo, que sempre recebe cuidados especiais, pediu para enfrentar o Atlético-PR. “Quando o time viajou para o Mato Grosso e eu não fui, foi bem mais sofrido, porque fiz treinamento integral quatro dias seguidos. Prefiro sempre atuar”, avisou o astro corintiano.
Mano Menezes, no entanto, ressalvou que não deverá utilizar até três titulares na Arena da Baixada. O veterano zagueiro William, com dores crônicas no pé, poderá ser um dos poupados. Seu substituto imediato é o jovem Diego, que provavelmente entrará no lugar do suspenso Chicão contra o Santos.
Sem desfalques por suspensão, o restante da equipe do Corinthians contará ainda com o retorno de Dentinho, que não participou do primeiro jogo da final do Paulistão em virtude do terceiro cartão amarelo. Já os meio-campistas Morais e Fabinho disputam a vaga aberta por Jorge Henrique.
Pelo Atlético-PR, o técnico Geninho vive um dilema: permanecer com a formação na qual apostou nas últimas rodadas do Campeonato Paranaense e da própria Copa do Brasil ou ceder às pressões e modificar seu time. As cobranças surgiram com a derrota em casa para o Coritiba, por 4 a 2, no final de semana.
No ataque, Julio César começou a perder espaço para o jovem Wallyson, herói das partidas diante do ABC. Na lateral-direita, Raul ainda está prestigiado, mas a experiência de Zé Antônio, principalmente na marcação, poderá ser suficiente para barrá-lo. Do outro lado, Netinho caiu em desgraça com o torcedor e deverá abrir espaço para Márcio Azevedo.
Mesmo com o clima desfavorável para o jogo, Geninho mostrou confiança ao prever uma grande partida. “O Corinthians está invicto em suas competições e é um adversário muito difícil, mas tudo pode acontecer. O grau da partida vai ser bem elevado, talvez até um teste máximo, pois a equipe deles está arrumada e vai brigar até o fim”, analisou o ex-comandante corintiano.