sábado, 14/dezembro/2024
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Corinthians derruba o São Paulo e joga por empate para estar na final do Paulistão

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Uma bobeada de Jorge Wagner no meio-campo e um golaço de Cristian, aos 47 minutos do segundo tempo. Assim pode ser resumido o capítulo final do grande clássico entre Corinthians e São Paulo, disputado na tarde deste domingo no Pacaembu e que terminou com a vitória de virada do Alvinegro por 2 a 1.

Foi um jogo quente, digno de uma decisão. Disputado palmo a palmo desde o apito inicial do árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho, o confronto teve todos os ingredientes que compõem um verdadeiro clássico: discussões, faltas violentas, reclamações, expulsões, jogadas de efeito, chances incríveis desperdiçadas, ótimas intervenções dos goleiros e, claro, gols.

Miranda, de cabeça, e Elias, em bonita jogada individual, marcaram os gols do clássico no primeiro tempo. Na etapa final, no lance derradeiro, Cristina levou a Fiel à loucura e tirou a vantagem do São Paulo. Agora, para chegar à decisão do Campeonato Paulista, o Timão precisa apenas de um empate domingo que vem, no Morumbi. O São Paulo estará classificado se devolver a derrota ao rival, por qualquer placar.

O jogo: Armado com três atacantes – Dentinho, Ronaldo e Jorge Henrique -, o Corinthians começou a partida disposto a tirar a vantagem são-paulina. Logo aos 20 segundos, após bobeada de Jean, Douglas cruzou da esquerda e Miranda, atento, impediu Ronaldo de testar contra o gol de Rogério Ceni.

O Fenômeno, aliás, foi o responsável por colocar fogo no jogo logo aos oito minutos, ao acertar, fora do lance de bola, o zagueiro André Dias de forma violenta, sendo agraciado com o cartão amarelo pelo árbitro.

A superioridade alvinegra foi latente até os 20 minutos do duelo, quando o São Paulo finalmente chutou uma bola a gol e quase surpreendeu Felipe. Quatro minutos depois, usando sua principal arma, o Tricolor saiu na frente. Jorge Wagner cobrou falta da direita, Miranda, em posição duvidosa, subiu muito e, de cabeça, desviou para o fundo das redes, sem chances para Felipe: 1 a 0.

A desvantagem não fazia jus ao futebol corintiano. E não permaneceu por muito tempo. Aos 28, em jogada individual, Elias entrou na área sem marcação e, com o biquinho da chuteira, mandou para o gol, deixando tudo igual e explodindo a Fiel: 1 a 1 e promessa de mais emoção pela frente.

Restando sete minutos para acabar o primeiro tempo, o São Paulo, que já contava com Joílson na posição de Arouca, contundido, teve a chance de pular novamente à frente com Borges, que aproveitou falha de Alessandro, mas parou nas mãos de Felipe. Aos 45, o camisa um alvinegro contou com a sorte ao ver Elias, em cima da linha, tirar de cabeça o que seria gol certo de Miranda, seu segundo na partida..

Mais emoção: Os 45 minutos finais seguiram exatamente o mesmo script dos iniciais, com farta distribuição de cartões e o Corinthians melhor. Aos 11 minutos, André Dias pegou Elias na entrada da área. O árbitro deu vantagem e, na sequência da jogada, Ronaldo, livre, parou nas mãos de Rogério Ceni, perdendo a chance da virada. Punido com o segundo cartão amarelo, André Dias foi excluído e deixou o São Paulo com dez em campo.

O Timão aumentou a pressão e Ronaldo, mais uma vez, teve a chance de marcar, mas foi travado por Rodrigo em cima da hora. No lance seguinte, André Santos cruzou da esquerda e Jorge Henrique, embaixo da trave, perdeu o gol mais feito do duelo, levando a Fiel à loucura.

Acuado, o São Paulo recompôs o setor defensivo sacando o inoperante Joílson para a entrada de Renato Silva. A primeira estocada tricolor aconteceu somente aos 18 minutos, quando Jorge Wagner aproveitou bobeada de Douglas e, em chute de longe, obrigou Felipe a espalmar para escanteio.

O Corinthians seguiu superior e por pouco não chegou à vitória em falha grotesca de Rogério Ceni, que não segurou chute despretensioso de Douglas, da intermediária, mas contou com a sorte ao ver a bola bater na trave e, na sobra, Elias, deitado, chutar para fora. O goleiro se redimiu aos 36, ao evitar a virada em chute à queima-roupa de Elias, mas nada pôde fazer quando Cristian se aproveitou da bobeada de Jorge Wagner e, de longe, mandou para as redes: 2 a 1. Virada corintiana e vantagem para chegar à decisão.

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