O Corinthians anunciou logo após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras que o técnico Cristóvão Borges não é mais o comandante da equipe. No seu lugar, o auxiliar Fábio Carille será interino no cargo até o final da atual temporada, sendo o treinador da equipe já a partir do duelo contra o Fluminense, na quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), pela partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.
“Venho aqui comunicar a todos que o treinador Cristóvão não trabalha mais conosco e vamos manter até o final da temporada o auxiliar Fábio Carille no comando do time”, explicou o presidente do clube, Roberto de Andrade. “Eu sei que disse que o cargo do treinador não estava a perigo, mas eu nem poderia falar isso antes de um clássico como esse. Já estávamos de olho nisso”. continuou o mandatário, xingado por muitos torcedores durante o triunfo.
“Queria pedir desculpas a alguns torcedores que estavam na Área VIP, me chamaram de ladrão e eu me exaltei também. Peço desculpas se ofendi alguém. Gosto de manter uma boa relação com todos”, anunciou o dirigente, concluindo sobre a necessidade de melhorar até o final do ano. “Nós ainda estamos vivos no Brasileiro e na Copa do Brasil, tínhamos de corrigir esse erro”, disse.
Cristóvão deixa o comando da equipe após 18 jogos disputados, com sete vitórias conquistadas, cinco empates e seis derrotas, um aproveitamento de menos de 50% dos pontos disputados. Ele assumiu o clube quando Timão estava na quarta colocação do Campeonato Brasileiro e deixa o time em quinto, podendo ainda ser ultrapassado por alguns adversários no complemento da rodada.
Ex-jogador do Timão, Cristóvão parecia ter ganhado uma sobrevida ao conseguir uma boa vitória por 3 a 0 sobre o Sport, dentro de casa, mas acabou errando nas substituições e levou a virada ante o Santos, há uma semana, e depois terminou o empate por 1 a 1 com o Coritiba sem realizar duas das substituições a que teria direito. Com o revés no Derby, sua situação ficou insustentável.
“Não estamos conseguindo. Não fizemos uma partida ruim, tomamos um gol bobo. Eu não resolvi em dois minutos fazer umam udança, mas, a gente quando tem na cabeça que precisa ser consertado algum curso, não tem jeito. Eu sou cercado de diversas pessoas, mas a responsabilidade maior é minha. Se eu sinto a necessidade de fazer uma correção, eu faço”, encerrou Roberto.