O Corinthians confirmou nesta sexta-feira que espera definir a contratação do atacante Clayton, de 20 anos, do Figueirense, até o final da próxima semana. O jogador, destaque dos catarinenses durante 2015, tem em mãos uma proposta oficial do Alvinegro, e do Atlético-MG. Ciente da concorrência, o diretor-adjunto de futebol do clube, Eduardo Ferreira, admitiu a ansiedade pela resposta e negou entrada em um possível leilão.
“Desde dezembro nós fizemos uma consulta, mas depois disso não seguiu nada mais concreto. Agora em janeiro teve uma outra opção. Não vou negar que é um jogador que interessa”, avaliou o dirigente, que reiterou o desejo de não prejudicar a boa relação entre o clube e os catarinenses.
“Não queremos forçar o Figueirense, temos muito respeito pelo clube. Caso o Figueirense aceite esse valor que se encaixa no nosso bolso, nós entraremos na negociação. Nas próximas horas ou até na próxima semana, devemos ter uma resolução positiva ou negativa. Mas é um jogador que nós vemos com bons olhos há algum tempo”, comentou.
Para ele, o fato de acompanhar a trajetória do atleta desde a última temporada pode ser um fator decisivo na busca pelo reforço. De acordo com Edu, que tem sido o maior responsável pela linha de frente nas contratações, o Timão foi o primeiro time a demonstrar interesse no futebol do atleta. Seus direitos federativos, fatiados entre empresários e o Figueira, custariam cerca de R$ 15 milhões aos cofres do Parque São Jorge.
“Pelo que a gente sabe, o Corinthians foi um dos primeiros clubes a olhar e sondar o Clayton. Como eu disse, estamos atentos a oportunidades de mercado, financeira e técnica. Nunca viramos as costas. Os valores estavam muito altos antes, fora do nosso contexto, foi aí que a gente virou e deixou um pouco de canto. Dessa vez, se o valor agradar, for bom para o clube e o atleta, as portas estão abertas. O Figueirense sabe da nossa proposta e o empresário do atleta também”, afirmou.
Mesmo com o interesse em um jovem atleta para atuar pelos lados do campo, o dirigente fez questão de colocar o também avante Lucca, 26 anos, como outra prioridade de negociação. Com contrato de empréstimo até o final de abril e valor fixado em R$ 5 milhões, o jogador perderia espaço com a chegada de um concorrente e, dessa forma, outro investimento seria praticamente inviável. Para Ferreira, no entanto, o melhor jogador do duelo contra o Cobresal pode ficar independentemente da chegada de Clayton.
“Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Já fizemos uma tentativa pelo Lucca em dezembro e uma outra agora há pouco. Vamos conversar com o Criciúma para acertar isso. A realidade hoje é diferente do país, mas o Lucca é sim um nome que estamos vendo. Falta acertar apenas os valores”, encerrou.