O plano do técnico do Operário, Éder Taques, era aproveitar a folga deste final de semana na Copa Mato Grosso para condicionar melhor o time. Mas todo o cronograma de trabalho foi por “água abaixo” ao anúncio de greve do elenco de jogadores, que desde ontem à tarde não trabalha. A paralisação, confirmada pelo próprio presidente do clube Aílton Azambuja, se dá pelo atraso no pagamento da metade dos salários, referente ao mês de junho. O valor não passa de R$ 10 mil, segundo Azambuja.
“Só estou devendo a metade da folha. Apesar de achar imprópria esta paralisação, os jogadores estão no seu direito. Na verdade, o grupo está sentindo que não tenho mais condições financeiras de estar bancando todas as despesas do clube”, disse o dirigente.
“Não tenho mais de onde tirar dinheiro. O empresariado não quer investir no Operário, infelizmente”, complementou Azambuja. O presidente operariano afirmou ter sido pego de surpresa ao saber da visita do grupo de jogadores, liderado pelo goleiro Ernandes ao prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, na manhã de ontem. Segundo Aílton Azambuja, os atletas foram pedir o apoio de Domingos ao clube, que está no páreo por uma das três vagas à semifinal da Copa Mato Grosso. De acordo com Azambuja, o prefeito várzea-grandense se comprometeu em indicar um pool de empresas para patrocinar o Tricolor várzea-grandense.
Depois de vencer o REC de 3 a 2, no meio de semana, e chegar aos 11 pontos, o time treinado por Éder Taques só volta a campo na próxima quinta-feira quando irá encarar o Vila Aurora, vice-líder da fase classificatória com 17 pontos ganhos. O jogo, marcado para as 20h10, será disputado no estádio governador José Fragelli, o Verdão.