Nesta quinta-feira, o Japão superou a Dinamarca por 3 a 1 e garantiu a segunda colocação do Grupo E (a Holanda terminou na primeira colocação). O principal destaque foi a eficiência nipônica nas bolas paradas, as quais geraram os dois tentos na cidade de Rustermburgo. Com o triunfo, a seleção oriental chegou aos seis pontos e carimbou vaga nas oitavas de final, onde terá pela frente o Paraguai (líder do Grupo F).
Com a eliminação precoce, a Dinamarca – outrora "Dinamáquina" – protagonizou sua pior campanha na história dos Mundiais e, pela primeira vez, em três oportunidades, não passou para a segunda fase.
O jogo – Com a escalação de três homens de frente (Bendtner, Tomasson e Rommedahl), a Dinamarca começou indo para cima dos japoneses. Apesar da ofensividade númerica, o goleiro japonês Kawashima teve poucos sustos.
As primeiras chances claras do jogo foram dos asiáticos, mais organizados e consistentes no gramado do Estádio Royal Bafokeng. Honda e Hasebe foram acionados e chegaram com perigo, mas não balançaram as redes.
A partida estava boa e, aos 14 minutos, os escandinavos responderam. Experiente, Tomasson bateu tirando e a bola tirou tinta da trave dos "Samurais". Dois minutos depois, a Jabulani, enfim, encontrou o fundo do gol. O talento nipônico Honda cobrou falta com efeito e fora do alcance do goleiro Sorensen. Foi o segundo tento do atleta, de 24 anos. O primeiro foi, na estreia, diante de Camarões.
Os europeus bem que tentaram igualar o placar, mas, aos 29 minutos, os orientais mostraram a reconhecida qualidade nos fundamentos. Diferente do chute forte de Honda, o meia-direita Endo (em outra cobrança de tiro livre), bateu colocado, com perfeição, para ampliar a vantagem do Japão – a qual persistiu até o fim do primeiro tempo.
Foi apenas a quarta vez que uma mesma seleção anotou dois gols de falta em uma partida. Chile, em 1962, Brasil, em 1966, e Bulgária, em 1970, foram os outros.
Na segunda etapa, os dinamarqueses buscaram, na base do desespero, o empate. Em contrapartida, os japoneses aproveitaram os espaços deixados para contragolpear os adversários.
Ao contrário dos primeiros 45 minutos, o embate perdeu qualidade e emoção. Apostando nos chutões e chuveirinhos, os escandinavos obtiveram pouco êxito. A seleção do Japão, administrando a vantagem, tirou o pé e pouco se aventurou no campo do oponente.
A postura excessivamente defensiva teve consequências. Após Rommedahll acertar um belo voleio no travessão, Agger sofreu pênalti. Tarimbado, Tomasson chutou nas mãos do goleiro, mas teve a frieza necessária para dar um tapinha, diminuir a vantagem (2 a 1) e recolocar os dinamarqueses no jogo.
Mesmo com a estímulo, foi o Japão que marcou mais uma vez e extinguiu de vez as chances da Dinamarca. Após linda jogada de Honda, Okazaki ficou livre para fazer. 3 a 1, em Rustemburgo, e o Japão, junto da Coreia do Sul, representará a cultura oriental nas oitavas de final da Copa do Mundo na África do Sul.