Os Estados Unidos mais uma vez demonstraram força nesta Copa do Mundo. Depois de empatar com a Inglaterra e sair de um placar adverso diante da Eslovênia, a equipe avançou para as oitavas de final ao derrotar a lanterna Argélia por 1 a 0, nesta quarta-feira, com gol aos 46 minutos do segundo tempo.
Curiosamente, a situação da equipe comandada por Bob Bradley foi de desespero a partir dos 21 minutos da primeira etapa, quando a Inglaterra abriu o placar contra a Eslovênia. Um empate já não bastaria para os EUA: era preciso também vencer para não cair precocemente do Mundial da África do Sul. A alegria tomou lugar somente nos acréscimos, quando Donovan marcou.
O resultado positivo põe os EUA na primeira colocação do grupo C, com os mesmos cinco pontos da Inglaterra, que deixaram a Eslovênia com um a menos. Já a Argélia comprova ser a seleção mais fraca da chave e se despede como lanterna, com somente um ponto ganho em três rodadas.
A próxima adversária será a segunda colocada do grupo D, cujos jogos estão marcados ainda para esta tarde, às 15h30 (de Brasília). Neste momento, haveria confronto entre EUA e Alemanha nas oitavas. Porém, como esta chave está aberta, o oponente também poderá ser Gana, Sérvia ou Austrália.
O jogo – O primeiro tempo foi bastante movimentado, com boas chances de gol para os dois lados. A primeira delas aconteceu aos cinco minutos, quando o atacante Djebbour recebeu lançamento na área, matou a bola no peito e chutou com força no travessão, assustando o goleiro norte-americano Howard.
A Argélia precisava necessariamente de uma vitória, enquanto os EUA iam se classificando com o empate do outro jogo, entre Inglaterra e Eslovênia. Mas, para depender apenas de si mesmo, a equipe do técnico Bob Bradley dependia de um triunfo por qualquer placar, situação que a manteve no ataque.
Com 19 minutos de bola rolando, os americanos inauguraram o marcador, mas a jogada foi invalidada por impedimento: após confusão na área, Mbolhi defendeu chute de Gomez, que tentou o rebote e viu o companheiro Dempsey completar para o fundo gol, só que em posição ilegal segundo o assistente.
O lance deixou dúvidas, e a anulação do gol revoltou ainda mais os norte-americanos quando a Inglaterra marcou diante da Eslovênia, dois minutos depois. O empate já não serviria mais, e a partida ficou ainda mais aberta, com as duas seleções tentando a vitória para se manterem vivas na Copa.
Até o intervalo, foram dados 23 chutes a gol (12 pelos EUA, 11 pela Argélia). O mais perigoso deles, aos 36 minutos. Donovan tabelou com Michael Bradley e tocou por cima de Mbolhi para o meio da área. Com o arqueiro já vencido no gramado, Altidore isolou a bola e desperdiçou a oportunidade.
Restando dois minutos para o final do tempo regulamentar, veio a resposta argelina. Ziani fez boa jogada individual, disparou de fora da área e viu a bola passar perto da meta de Howard.
Na volta para a etapa final, a seleção americana continuou um pouco superior em campo, mas ainda pecando na hora de finalizar. Aos 11 minutos, Bradley fez ótimo desarme, tocou para Altidore e iniciou o contragolpe. O atacante driblou o marcador e cruzou para o meio da área. Livre de marcação, Dempsey aproveitou bobeada da zaga, chutou na trave direita e ainda desperdiçou o rebote.
Com o aumento do desespero, os EUA apostavam principalmente nas jogadas de bola parada. Depois de defender uma forte cobrança de falta de Bredley aos 33, Mbolhi foi vazado já nos acréscimos. Após dividir com Dempsey, o goleiro viu a bola sobrar limpa para Donovan, que mandou para a rede.