Começa hoje a 18ª edição da competição mais importante do “Planeta Bola”, a Copa do Mundo, que pela segunda vez na história, será realizado na Alemanha.
Alemanha e Costa Rica abrem a série de 64 partidas que definirão o novo dono da bola no mundo do futebol. Em Munique, os alemães, comandados de Jürgen Klinsmann, sem Michael Ballack, poupado por dores na panturrilha direita, tentarão fazer valer o fator casa diante do brasileiro Alexandre Guimarães, técnico do selecionado costarriquenho. O jogo esta marcado para 13:00hs.
Completando a rodada de abertura, Polônia e Equador, também integrantes do Grupo A do Mundial, medem forças no moderno estádio AufSchalke, em Gelsenkirchen.
O time alemão chega na competição como um dos favoritos. O maior adversário dos anfitriões, como não poderia deixar de ser, é o Brasil, rival para o qual perdeu a final do último Mundial, na Ásia. Os pentacampeões são apontados por todos como o inimigo número um a ser batido na terra da cerveja, e tal pensamento foi expresso com simplicidade e inocência por Joseph Blatter, presidente da Fifa.
“O mundo quer ganhar do Brasil”, sintetizou o presidente, talvez sem mensurar o poder de suas palavras, que ganharam adeptos dentro da própria comissão técnica do time canarinho. “O mundo está contra o Brasil”, profetizou Zagallo, ilustrando as dificuldades que a equipe pentacampeã encontrará pelo caminho.
Mais um título brasileiro na principal competição de futebol do planeta representaria simplesmente um terço de todos os Mundiais, e colocaria os concorrentes da seleção canarinho muito longe de uma recuperação. Depois do Brasil, Itália e Alemanha são as que mais têm títulos – três cada uma. O hexa deixaria o time verde e amarelo com o dobro de conquistas de seus adversários mais próximos.
Recheada de estrelas do “goleiro ao ponta esquerda”, como diriam os mais antigos, o time brasileiro é também o mais caro entre os da Copa. Roberto Carlos, Kaká, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Emerson, cujos direitos federativos ultrapassam a casa dos US$ 350 milhões, são apenas alguns dos astros de uma equipe que se dá ao luxo de manter no banco de reservas o goleiro Rogério Ceni, tricampeão mundial com o São Paulo, Robinho, astro do Real Madrid, e Juninho Pernambucano, pentacampeão francês com o Lyon.
O ponto negativo da seleção de Carlos Alberto Parreira é a alta média de idade, que deve determinar o fim do ciclo de muitos titulares com a camisa amarela, como os laterais Cafu e Roberto Carlos, o volante Emerson e o goleiro Dida.
Outras forças: Além de Alemanha e Brasil, outras quatro seleções despontam com credenciais de favoritas ao título do Mundial 2006, todas detentoras de pelo menos uma conquista nas edições anteriores: Argentina, França, Inglaterra e Itália.
Com o “maestro” Juan Román Riquelme e um ataque poderoso, com Lionel Messi e o corintiano Carlitos Tevez, a Argentina vai ao Mundial para apagar a má impressão de quatro anos atrás, quando foi eliminada ainda na primeira fase na Coréia do Sul e no Japão.
Campeões mundiais jogando em seus territórios em 1966 e 1998, respectivamente, Inglaterra e França vão à Copa em situações diferentes. Enquanto os ingleses têm um meio-de-campo forte e um ataque com Micheal Owen e Wayne Rooney – que, por contusão, deve desfalcar o English Team pelo menos na estréia, contra o Paraguai –, os franceses vivem na Alemanha os últimos dias de Zinedine Zidane como atleta profissional. O jogador do Real Madrid encerra a carreira depois do Mundial e tem a sua última oportunidade de dar o bi para os Bleus, também eliminados na primeira fase na última Copa do Mundo.
A Itália, a exemplo dos donos da casa, vai ao Mundial sonhando com o tetra. Os craques da “terra da bota” chegam a esta Copa do Mundo com uma geração talentosa e que pode dar trabalho. O meia-atacante Francesco Totti, da Roma, se recuperou a tempo de uma fratura na perna e chega ao Mundial em ponto de bala.