Brasil e Uruguai se enfrentam nesta terça-feira em Maracaibo, a partir das 20h50, em duelo que vale vaga na final da Copa América. É a segunda vez consecutiva que os uruguaios atravessam o caminho dos brasileiros uma fase antes da disputa do título.
Na última competição continental, em 2004, no Peru, os tradicionais rivais também se encontraram na semifinal, e a equipe comandada por Carlos Alberto Parreira levou a melhor ao vencer a disputa de pênaltis por 5 a 3, após empate em 1 a 1 no tempo normal.
Para repetir o triunfo de três anos atrás, o técnico Dunga deve mandar a campo o mesmo time que massacrou o Chile por 6 a 1 nas quartas-de-final. Ou seja, o meio-de-campo da seleção brasileira será formado novamente por Mineiro, Gilberto Silva, Josué e Julio Baptista.
“O time vem rendendo mais com essa formação e não vejo motivos para mudar”, adiantou o treinador. “O mais engraçado é que a Argentina também joga com três volantes e ninguém critica. Só dizem que é o melhor time e o que joga melhor na competição”, continuou, em tom irônico.
Gilberto Silva e o zagueiro Juan estão pendurados e, em caso de um novo cartão amarelo, não poderia enfrentar o vencedor de Argentina e México na decisão. Mas, segundo o auxiliar técnico Jorginho, isso não deve ser levado em conta na hora de escalar a equipe.
“O Uruguai é um time de qualidade, muito forte no contra-ataque. Se entrarmos em campo preocupados com os jogadores pendurados, não vai funcionar. Temos que jogar com tranqüilidade”, declarou.
De fato, a Celeste conta com bons jogadores. Casos, por exemplo, do volante Pablo García, dos atacantes Forlán e Recoba e do zagueiro Lugano, campeão mundial de clubes em 2005 pelo São Paulo. “Realmente é melhor ter o Lugano no mesmo time do que contra”, brincou o também ex-são-paulino Mineiro.
O técnico Oscar Tabárez também deve repetir o time das quartas-de-final, quando os uruguaios atropelaram a Venezuela por 4 a 1. O último título continental do Uruguai foi em 1995, quando bateu justamente o Brasil em casa.
“Para os uruguaios, é muito motivante, pois não se joga todos os dias contra o Brasil e ainda mais em um torneio continental. Temos que enfrentar nada menos do que uma das maiores equipes do mundo. Estamos muito conscientes do que isso significa, mas também temos vontade de passar dessa fase”, cmentou Tabárez.