O símbolo do novo São Paulo que a diretoria quer já avisou: “na pré-temporada, tudo é bom; quando começam os campeonatos, ou você ganha ou é horroroso”. As palavras de Fabrício servem de aviso aos outro quatro reforços. Durante as férias, o técnico Emerson Leão e a diretoria, principalmente o presidente Juvenal Juvêncio, repetiram seguidamente a exigência de título e o fim de qualquer apatia.
“O presidente está certo em cobrar. E o Leão é um excelente treinador, só cobra de quem sabe que pode dar. Este ano tem que ser muito cheio, com título em tudo que disputarmos. A diretoria está certa”, aprovou Bruno Cortês, um dos contratados que mais desperta esperança. “Tenho que me doar ao máximo para jogar e dar alegria a quem confiou em nós”, completou.
Além do lateral esquerdo e Fabrício, também chegaram como novidades os zagueiros Edson Silva e Paulo Miranda e o meia Maicon. Todos plenamente cientes de que o ambiente ainda bastante calmo da concentração no Centro de Formação de Atletas de Cotia acabará a partir do dia 22, quando a equipe estreia no Campeonato Paulista diante do Botafogo de Ribeirão Preto, no Morumbi.
Antes da partida que inaugura a temporada no Tricolor, serão 15 ou 16 dias concentrados no novo alojamento recém-inaugurado em Cotia. A construção conta ainda com um quarto especial para Juvenal Juvêncio, que já avisou: passará algumas noites por lá para acompanhar a preparação da equipe de perto.
Sob os olhos do mandatário, o elenco pensa em cumprir rigorosamente as ordens do chefe direto deles, Leão. “Quem chegou agora tem que fazer valer em campo. Se correspondermos, com certeza a torcida vai ficar feliz tanto com quem chegou quanto com os que permaneceram. Faz um tempinho que o São Paulo não ganha títulos, temos que entrar em todos os campeonatos para vencer”, sinalizou Maicon.
“O Leão é disciplinador. E quem mais quer vencer é o treinador, por estar mais exposto. Na hora de jogar, precisamos de um espírito de Leão porque o futebol no Brasil está muito equilibrado. Temos que nos adaptar o mais rápido possível para que tudo se encaixe e consigamos vencer”, concordou Fabrício.
Em busca de todo o tipo de entrosamento durante o retiro em Cotia, os jogadores também são cobrados individualmente a não se sentirem satisfeitos nunca. O elenco ainda está inchado, mas mesmo quem acaba de subir para os profissionais não pode se contentar com a reserva. Assim, será evitada a apatia que tanto irritou são-paulinos em 2011.
“Quem pensa em estrutura, que a coisa está boa e se acomoda sem querer fazer parte dos 11, tem que pedir para ir embora. A responsabilidade aumenta quando se chega aqui, dá até um friozinho na barriga. Você não está defendendo uma equipe qualquer, é o São Paulo. É necessária seriedade para que as coisas aconteçam normalmente e se possa buscar espaço para aparecer”, ensinou Edson Silva.