Perto de conquistar mais um título paulista, o Santos volta as suas atenções para as oitavas de final da Copa Libertadores da América. Isto porque o Peixe precisa vencer o Bolívar (Bolívia), em jogo marcado para esta quinta-feira, às 19h30 (horário de Brasília), na Vila Belmiro, para avançar até as quartas de final da competição. Na primeira partida entre os dois times, La Academia ganhou por 2 a 1, no dia 25 de abril, em La Paz.
No entanto, uma vitória santista por 2 a 1 leva a decisão da vaga para os pênaltis. Se os bolivianos marcarem dois ou mais gols na Vila, os alvinegros terão que derrotá-los por dois ou mais gols de diferença para se qualificarem a etapa seguinte da Libertadores.
O volante Arouca opinou sobre o duelo de volta com os bolivianos e destacou que o Santos precisa jogar o seu melhor futebol para não ter surpresas e ir às quartas de final do principal torneio de clubes das Américas.
"O maior exemplo para esse jogo contra o Bolívar foi o que nós passamos contra o Strongest (Bolívia). Eles também exploraram bem a altitude lá (na capital boliviana) e aqui se armaram bem recuados. No meu modo de ver, o Bolívar é superior ao Strongest, mas deve adotar uma tática parecida. Eles vão procurar exercer um poder de marcação forte e devem vir bem recuados. Por isso, o nosso objetivo é colocar a bola no chão e impor o nosso ritmo, jogando em casa. Precisamos da vitória e vamos fazer o máximo para consegui-la", afirmou.
Mesmo com o foco em reverter o placar diante do Bolívar, o Peixe ainda carrega consigo a lembrança dos incidentes na partida de ida, em La Paz. Alguns torcedores do clube boliviano atiraram laranjas e bananas na direção dos santistas. O atacante Neymar foi o principal alvo da ira da torcida de La Academia.
"Essa guerra precisa acabar. Não é porque é Libertadores que as torcidas devem continuar jogando coisas no gramado. Ficamos triste que isso aconteça, pois é apenas um jogo de futebol", destacou a Joia, negando que haja um clima de vingança contra os bolivianos.
O técnico Muricy Ramalho, que também ficou irritado coma hostilidade sofrida por sua equipe na Bolívia, quer ver os alvinegros apenas jogando futebol. "Eles fizeram um monte de coisas lá. O que nós passamos lá foi um absurdo, só que ninguém faz nada. Seja em La Paz ou em qualquer outro lugar, a Conmebol não faz nada. Mas não podemos pensar em revanchismo. O nosso troco tem que ser na bola. Até porque, nós não sabemos ‘guerrear". Temos que jogar", comentou.
Para esse importante compromisso pela Copa Libertadores, Muricy poderá contar com o retorno do goleiro Rafael. Recuperado de uma distensão no ligamento colateral medial do joelho direito, o camisa 1 estará de volta ao time. Em compensação, o lateral direito Fucile segue em tratamento por conta de uma entorse no pé esquerdo e está fora. Por isso, o volante Henrique será improvisado no setor mais uma vez.
No Bolívar, que está desde o último domingo à noite no país, o técnico argentino Guillermo Angel Hoyos realizou alguns treinamentos na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo, procurando preparar os seus atletas para o compromisso perante o Santos, atual campeão da Libertadores.
Para o treinador do Bolívar, a sua equipe não pode limitar-se apenas a defender enfrentando o Peixe, fora de casa. "Temos que realizar um jogo agressivo, tratando de manter a posse de bola o maior tempo possível. Temos que aproveitar a velocidade de nossos laterais e de nossos atacantes, pelas laterais, para tentar surpreendê-los", disse Hoyos.
Já o zagueiro argentino Pablo Frontini, além de preocupado com o conjunto santista, sinalizou com uma atenção especial a Neymar. "A nossa ideia é atacar, pressioná-los e não dar espaço ao time deles. Temos que ter atenção, principalmente com o Neymar, que é um jogador muito rápido, habilidoso e que desequilibra", encerrou.
O grande desfalque da equipe boliviana ficará por conta de Ferreira, que chegou a atuar durante 15 minutos do confronto anterior entre os dois times. O atleta voltou a sentir dores musculares e será substituído por Cantero nesta quinta-feira.
FICHA TÉCNICA
SANTOS X BOLIVAR-BOL
Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 10 de maio de 2012, quinta-feira
Horário: 19h30 (horário de Brasília)
Árbitro: Martín Vázquez (Uruguai)
Assistentes: Carlos Pastorino e Carlos Changala (ambos do Uruguai)
SANTOS: Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alan Kardec
Técnico: Muricy Ramalho
BOLIVAR-BOL: Argüello; Rodríguez, Frontini e Valverde; Álvarez, Flores, Cardozo, Campos e Lizio; Arce e Cantero
Técnico: Guillermo Ángel Hoyos