“Mostrei aos jogadores reprises de um jogo em que as coisas deram certo e de uma partida em que tudo deu errado.”
Foi assim que o técnico Oswaldo de Oliveira encerrou a temporada de quatro dias em Extrema (MG), referindo-se, respectivamente, à vitória contra o Rio Branco e à derrota diante do Palmeiras.
Entretanto, segundo os números do Datafolha, o campeão brasileiro atuou melhor na derrota do último domingo do que no triunfo da nona rodada.
Comparando as estatísticas das duas partidas citadas por Oliveira, o time que bateu o Rio Branco só foi melhor que o derrotado no clássico nas assistências e nos números de bolas perdidas.
Em outros oito itens avaliados pelo Datafolha, o time que jogou quando “tudo deu errado” ostentou números melhores que o elenco que esteve em campo “quando as coisas deram certo”.
Único dos grandes paulistas beneficiado pela folga no meio de semana, o Santos viajou a Minas Gerais para se preparar para o jogo deste domingo contra o União Barbarense, às 16h, na Vila Belmiro.
A estadia em Extrema, segundo o treinador, foi importante para a integração do grupo e para a correção de deficiências.
Porém, quando questionado se o período longe de Santos teria sido importante para afastar o grupo da pressão a que foi submetido após a derrota para o Palmeiras, Oliveira negou enfaticamente. “Quem me conhece sabe que não sou afetado por isso.”
Mesmo assim, ele promoveu uma alteração na defesa, setor criticado no domingo passado e muito exigido na temporada em terras mineiras. O zagueiro Leonardo começa jogando na vaga ocupada por Domingos contra o Palmeiras. “O Leonardo tem qualidade na saída de bola”, afirmou o treinador, para quem não tem cabimento responsabilizar a defesa pelo tropeço no clássico.
Nos últimos treinos coletivos, Oliveira pediu aos cinegrafistas que não registrassem imagens.
Mas o capitão santista descartou mudanças na forma de o time jogar. “Vamos atuar da mesma maneira que vem dando resultados. Sempre há espaço para evolução, mas vamos melhorar dentro do padrão que já é conhecido”, afirmou o meia Ricardinho quando indagado se o pedido de não registrar imagens dos treinos visava esconder alguma novidade no padrão tático santista.
A distância de cinco pontos que separava o time do líder São Paulo até o início da rodada não é um fosso intransponível, segundo Robinho. “O importante é voltarmos a jogar bem na Vila e torcer por um tropeço são-paulino”, declarou o atacante.
Convocado para a seleção brasileira, ele, que tem dez gols no Paulista, lembrou o último Brasileiro, quando o clube superou o Atlético-PR na reta final.
Pelo lado do União Barbarense, o técnico Leandro Campos deve armar o time defensivamente.
Na zona de rebaixamento, com dez pontos, a equipe deve atuar com três zagueiros: Joel, Carlinhos e Du Lopes.
A maior preocupação é com o lateral-esquerdo santista Léo, que, segundo Campos, apóia muito, e com sucesso, o ataque.
O treinador ainda deve compor o meio-campo com jogadores de destaque na marcação, apesar de apenas um deles ser volante.
Santos
Mauro; Flávio, Leonardo, Ávalos e Léo; Bóvio, Ricardinho e Tcheco; Deivid, Basílio e Robinho.
Técnico: Oswaldo de Oliveira
União Barbarense
Neneca; Carlinhos, Du Lopes e Joel; Denis, Alexandre Dorta, André Silva, Adriano e Dickson; Gílson Batata e Brenner.
Técnico: Leandro Campos
Estádio: Vila Belmiro, em Santos
Horário: 16h
Juiz: Luiz Flávio de Oliveira