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Com nove votos a zero, STJD mantém resultado de Inter e Palmeiras

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Após 19 resultados negativos no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras sofreu derrota também no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). No início da tarde desta quinta-feira, em julgamento que demorou quase três horas, o clube paulista não conseguiu impugnar o tropeço por 2 a 1 para o Internacional, em 27 de outubro, no Beira-Rio. O pedido foi negado por unanimidade, com nove votos a zero.

O departamento jurídico palmeirense pleiteava o cancelamento do jogo em função de um gol de mão marcado pelo centroavante Barcos, que teria sido anulado com o auxílio de recursos da televisão (o que não é permitido pela legislação). Segundo o clube paulista, Gérson Baluta, o delegado encarregado da partida, teria sido informado por repórteres sobre a irregularidade no lance e transmitido a informação ao árbitro Francisco Carlos Nascimento por intermédio do quarto árbitro Jean Pierre Lima.

A confusão prosseguiu no tribunal – e antes mesmo de o julgamento começar efetivamente, no momento da exposição sobre as provas dos clubes. José Maria Couto, advogado do Palmeiras, pretendia apresentar reportagens, fotografias e uma perícia de leitura labial em sua argumentação. Daniel Cravo, seu colega do Internacional, solicitou o indeferimento com a alegação de que só as evidências dos autos deveriam ser válidas.

Sem que as novas provas do Palmeiras fossem levadas em consideração, embora constassem em um memorial apresentado pelo clube, dois vídeos do lance polêmico foram exibidos na sessão. Em seguida, Barcos foi o primeiro a prestar depoimento. O atacante argentino confirmou que colocou a mão na bola, porém alegou ter sofrido pênalti do zagueiro Índio na jogada. "Já tinha até feito a comemoração do pirata", lamentou, sisudo.

Depois de Barcos se posicionar, foi a vez de Francisco Carlos Nascimento. O árbitro alegou que precisou de "não mais de 12 segundos" para retroceder em sua decisão sobre a validação do gol, tendo sido informado pelo quarto árbitro sobre a irregularidade de Barcos. De acordo com ele, o jogador do Palmeiras só não foi punido com o cartão amarelo por empurrar a bola com a mão porque não havia sido identificado como o infrator.

Por sua vez, Jean Pierre Lima assegurou que não recorreu ao auxílio de terceiros para informar o árbitro sobre o toque de mão de "um jogador vestido de branco". O quarto árbitro ouviu diversas indagações por parte do advogado do Palmeiras, mas manteve a sua versão. Também explicou que o caso não foi relatado na súmula da partida por se tratar de um lance técnico.

O último a se manifestar foi Gérson Baluta. O delegado do jogo reforçou que havia percebido Barcos marcar o gol de mão, mas não teria passado a informação adiante. Ele ainda se mostrou contrário à presença de monitores no gramado e citou um jogo do Vasco, em São Januário, em que ordenou o desligamento de um aparelho. Após os depoimentos, os advogados dos dois clubes concluíram as suas argumentações à espera do resultado do julgamento – amplamente favorável ao Internacional.

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