Pela grande decisão da Copa do Rei, o Barcelona se sagrou campeão pela 27ª vez do torneio, ao vencer o Sevilla neste domingo, por 2 a 0. Em partida realizada no estádio Vicente Calderón, casa do Atletico de Madri, a equipe catalã teve Mascherano expulso no primeiro tempo, mas contou com atuação impecável de Piqué na zaga e gols de Alba e Neymar na prorrogação, para garantir seu segundo título espanhol na temporada.
A conquista serviu para ‘salvar’ a temporada blau-grana, muito abalada após a eliminação na Liga dos Campeões, e pelo menos garantir a supremacia do Barça na Espanha, que também ergueu o caneco do Campeonato Espanhol.
Já para os rojiblancos, a derrota não manchou de forma alguma a temporada. Apesar de ter investimentos muito limitados, em comparação com os demais clubes europeus, os sevilhanos lutaram de igual para igual com os rivais e ainda têm que se orgulhar pela conquista da Liga Europa.
Começo embalado do Barcelona, que já tratou de ocupar os espaços em seu campo de ataque logo nos primeiros momentos. Aos sete minutos, Iniesta deu um belo passe de cavadinha para Suárez, que chutou de primeira para fora, com muito perigo.
Os catalães seguiram melhores, mas preferiam tocar a bola com cautela, até os 14 minutos, quando o seu camisa 8 mostrou habilidade de novo, acertando belo drible e acionando Neymar, que parou na marcação.
A primeira boa chance dos andaluzes saiu apenas aos 16 minutos, com Gameiro cruzando fechado em direção ao gol, mas Ter Stegen estava atento e conseguiu agarrar.
Depois da oportunidade, o Sevilla começou a tentar trocar mais passes e pressionar a saída de bola do oponente, conseguindo, assim, dar mais equilíbrio ao jogo. No entanto, foi pouco efetivo na hora de finalizar as jogadas.
Até os 30 minutos, o jogo foi todo dos zagueiros; Piqué deu uma aula de marcação, se apresentando bem para barrar as investidas adversárias.
O jogo só foi esquentar, realmente, aos 35 minutos, mas não por nenhum lance de habilidade, ou chance de mudança no placar, mas sim pela expulsão direta de Javier Mascherano, após derrubar Gameiro, que sairia na cara do gol. Os catalães protestaram com o juiz, mas de nada adiantou e tiveram que jogar o restante da decisão com um homem a menos.
Apesar da expulsão, foi o Barça que teve a chance de abrir o placar no fim da primeira etapa, após cobrança de escanteio, com Piqué mandando para fora. Desta forma, sem conseguirem alterar o resultado, os atletas foram para o intervalo empatando sem gols.
Com um a mais Unai Emeny, comandante dos Nervionenses, tratou de colocar seu time todo no ataque no segundo tempo. Logo aos quatro minutos, Banega recebeu na área, teve tempo de ajeitar e mandou um chute rasteiro, que carimbou a trave e por pouco não marcou.
A situação catalã ficou pior; aos 10 minutos, Luís Suárez, sozinho, sentiu a coxa e teve que ser substituído. Aos 15 minutos, ficou claro que o Barcelona estava satisfeito com o empate. Após agarrar a bola, Ter Stegen caiu no chão e começou a fazer cera.
Com o time Andaluz tendo as rédeas da partida, coube ao Barça apostar nos contra-ataques, mas sem sucesso. No entanto, o camisa 3 azul-grená continuava a comandar a defesa e impedir que o Sevilla transformasse o domínio do jogo em gols.
A final da Copa conseguiu ganhar mais emoção no fim da segunda etapa; nos acréscimos, Neymar recebeu livre, na entrada da área e de frente para o gol, mas Banega deu um carrinho por trás, foi expulso e fez com que ambas as equipes ficassem com 10 jogadores. Na cobrança de falta após o lance, Messi obrigou Rico a fazer grande defesa. Sem tempo para mais nada, o duelo se encaminhou para a prorrogação.
As expulsões deram mais espaços no gramado e as equipes conseguiam encaixar mais contra-ataques. No entanto, o Barça impôs melhor o jogo, seguiu seguro na marcação e era ofensivamente superior. Tanto, que abriu o placar aos sete minutos do primeiro tempo da prorrogação, com Jordi Alba acertando lindo chute, praticamente sem ângulo, após ter recebido um lançamento magistral de Messi.
Os catalães ainda tiveram a chance de ampliar a vantagem aos 13 minutos, com Piqué cabeceando sozinho para defesa espetacular de Rico. Na sequência, Dani Alves emendou um chute obrigando nova intervenção do goleiro de 22 anos.
O jogo seguiu aberto nos 15 minutos finais, os rojiblancos lutaram, tentaram cruzar várias bolas na área, mas a marcação catalã realmente estava em um dia inspirado. Sem conseguir anotar, o Sevilla se desequilibrou; Carriço levou dois amarelos em um mesmo lance, por falta e reclamação, e foi para o vestiário mais cedo.
Segurando o jogo e administrando o tempo nos contra-ataques, o Barcelona fez mais um gol, nos acréscimos, com Neymar recebendo lindo passe de Messi, em contra-ataque, e chutando no cantinho para assegurar a vitória de 1 a 0 e a taça em Madri.