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Com gol de Ganso, São Paulo bate Palmeiras e quebra tabu em clássicos

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O São Paulo, enfim, voltou a vencer um de seus grandes rivais estaduais. Após dez clássicos em que saiu derrotado ou com empate, o Tricolor bateu o Palmeiras, na fria e nublada tarde deste domingo, para mais de 20 mil são-paulinos que compareceram ao Estádio do Morumbi, pelo placar de 1 a 0, no Choque-Rei válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O gol, que representou o fim do tabu, foi anotado pelo meia Paulo Henrique Ganso, de cabeça, no início do primeiro tempo.

O Verdão, por sua vez, segue sem triunfar no Cícero Pompeu de Toledo, onde não vence há 14 anos. A última vitória alviverde na casa são-paulina ocorreu no Rio-São Paulo de 2002, em jogo marcado pelo gol de placa do ex-jogador Alex.

Após dez minutos de bom futebol, o time visitante sofreu o gol em um erro do zagueiro Thiago Martins, aproveitado pelo camisa 10 tricolor. A partir de então, os anfitriões impuseram marcação cerrada sobre o ataque palmeirense formado por Dudu, Róger Guedes, Gabriel Jesus e Alecsandro e quase não sofreram sustos até o fim da partida. Pelo contrário, se não fosse por Fernando Prass, que executou pelo menos cinco grandes defesas, a vitória são-paulina teria sido mais elástica.

Com o resultado, o São Paulo volta a vencer no Brasileiro após duas rodadas e chega aos sete pontos, assumindo a sexta colocação do torneio nacional. Já o Palmeiras segue instável no campeonato – duas vitórias e o mesmo número de derrotas -, permanece com seis pontos e cai para o oitavo lugar.

O clube do Morumbi volta a campo nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), para encarar o Figueirense, no Orlando Scarpelli, enquanto o time de Palestra Itália buscará a recuperação um dia depois, às 21 horas, diante do Grêmio, no Pacaembu.

Os donos da casa ocuparam o campo de defesa do Palmeiras nos primeiros instantes do clássico, mas quem teve a primeira chance foi o time visitante. Logo aos 3 minutos, Zé Roberto tomou a bola de Kelvin e cruzou na cabeça de Alecsandro, que, livre de marcação na área, testou em cima de Denis. Na sequência, Jean e Róger Guedes fizeram parceria na direita, mas Bruno afastou chute cruzado do lateral palmeirense, evitando o primeiro gol alviverde.

Mas, quem não faz, toma. Após perder as duas oportunidades, o Verdão sofreu com um dos ditados mais cruéis do futebol. Aos 11, em um rápido contra-ataque, Kelvin tabelou com Thiago Mendes, que passou para Bruno. O lateral cruzou na área, Thiago Martins não viu Paulo Henrique Ganso se infiltrar e cabecear sem chances para Fernando Prass.

Aos 17, a equipe de verde respondeu com a mesma arma com a qual o Tricolor fez seu gol. No contra-ataque de Dudu, Zé Roberto recebeu em boas condições na esquerda, bateu forte, mas a zaga desviou. Em seguida, Gabriel Jesus foi flagrado em impedimento.

A partir de então, o que se viu até o final do primeiro tempo foi um festival de erros de passes do Palmeiras, que não conseguia articular uma jogada sequer no campo de ataque. Muito em função da boa marcação exercida pelo time de Edgardo Bauza. E, por isso, passou a rifar bolas na área tricolor, mas sem sucesso. No fim, o resultado da etapa premiou a equipe mais eficiente.

Na busca pelo empate, o Palmeiras voltou para o segundo tempo com Rafael Marques e Moisés nos lugares de Róger Guedes e Thiago Santos, respectivamente. Dessa forma, Rafa assumiu a ponta esquerda, Jesus foi deslocado para a direita, com Alecsandro à frente de ambos.

A primeira e perigosa chegada palmeirense ocorreu aos 8 minutos, quando Rafael Marques recebeu livre na intermediária e arriscou de longe para bela defesa de Denis. Alecsandro também chutou de longo em seguida, mas sem perigo.

Elétrico na partida, o Tricolor respondeu aos 15, com bomba de Ganso, mas Prass, bem ligado no lance, espalmou. Logo em seguida, o Palmeiras tentou de novo de fora da área: após pancada de Moisés, Denis não agarrou, mas conseguiu se recuperar a tempo de chegar na bola antes que Alecsandro. O arqueiro foi atingido pela sola da chuteira do atacante rival e precisou receber atendimento médico no gramado.

No lance seguinte, quase o segundo dos anfitriões: após contra-ataque rápido, Ganso cruzou na medida para Centurión, que cabeceou no canto. Prass se esticou todo e espalmou. O goleiros palmeirense ainda faria mais uma série de duas grandes defesas na sequência após chute de Thiago Mendes e cabeçada à queima roupa de Maicon.

O Tricolor mandava no clássico e aproveitava os persistentes erros de passes alviverdes. Aos 27, Ganso cobrou falta na cabeça de Maicon, que fez o gol invalidade por impedimento. Cinco minutos depois, Kelvin mandou a bomba da entrada da área para nova defesa de Prass, que, àquela altura, era o responsável pelo placar mínimo.

Aos 43 da etapa final, o lance mais incrível da partida. O atacante Ytalo, que substituiu Kardec, recebeu livre de marcação na grande área, mas isolou por cima do gol palmeirense. Perdido em campo, o Alviverde não conseguiu ameaçar a meta de Denis e segue instável no Brasileiro, enquanto o São Paulo comemora uma vitória em clássicos após um jejum de dez jogos.

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