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Com ajuda de juiz, São Paulo vence e está nas quartas-de-final da Libertadores

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O São Paulo confirmou o favoritismo e garantiu a classificação para as quartas-de-final da Copa Libertadores da América. Na noite desta quarta-feira, a equipe comandada pelo técnico Muricy Ramalho venceu o Palmeiras por 2 a 1 e carimbou o passaporte para enfrentar, na próxima etapa, Goiás ou Estudiantes, da Argentina.
O jogo foi marcado por uma série de ‘lambanças’ do árbitro Wilson de Souza de Mendonça, que mudou o nome baseado na numerologia, mas continuou aprontando das suas. O lance que definiu a classificação são-paulina foi um dos muitos confusos do clássico. Depois de uma jogada que começou graças ao mau posicionamento do árbitro, Júnior invadiu a área e caiu na dividida com Cristian, em um lance duvidoso. Na cobrança, Rogério Ceni marcou, mas o árbitro mandou voltar por causa da ‘paradinha’ (liberada pela Fifa) do goleiro. Na repetição, com um chute forte, o capitão são-paulino garantiu a vaga.

Com isso, o Tricolor segue com o sonho de conquistar seu quarto título na competição sul-americana. Ainda por cima, mantém alguns tabus na Libertadores: nunca foi eliminado por um clube brasileiro e jamais sentiu o sabor de uma derrota diante do Palmeiras. Além disso, manteve a escrita de nunca ter sido eliminado nas oitavas-de-final da competição continental.

Ao Verdão, resta a missão de se recuperar no Campeonato Brasileiro. Lanterna da classificação da competição nacional com derrotas nas três rodadas iniciais, o time de Parque Antártica volta a campo no domingo contra o São Caetano, no estádio Anacleto Campanella. Já o São Paulo volta a campo pelo Campeonato Brasileiro no domingo para um outro clássico: enfrenta o Corinthians, no Pacaembu. Nas primeiras posições da classificação, o Tricolor busca a terceira vitória na competição.

O jogo: Como queria o técnico Marcelo Vilar, o Palmeiras começou a partida com uma marcação forte em cima do São Paulo, mas confundindo pegada com violência, e cometendo cinco faltas em menos de quatro minutos. Faltou também o equilíbrio ofensivo, já que durante esse tempo a bola não ultrapassou a linha de meio-campo, rondando perigosamente o gol do Alviverde. Leandro, que ganhou a disputa com Thiago por uma vaga no ataque, testou o goleiro Sérgio com um chute forte, da entrada da área, espalmado para frente pelo camisa 12 palmeirense.

Mais efetivo, o Tricolor não demorou em transformar sua superioridade em gol. O anúncio veio aos 12 minutos, depois de uma bomba de Danilo que carimbou o travessão de Sérgio. Na jogada seguinte, Souza cruzou da direita, Aloísio cabeceou, Sérgio salvou e na sobra, o próprio Aloísio dividiu com o zagueiro Thiago Gomes e saiu para comemorar com a galera: 1 a 0.

Se a situação palmeirense já era desesperadora, piorou depois que Marcinho sentiu contusão e teve de ser substituído por Cristian. Desesperado, o Palmeiras não conseguia respirar e sofria com a pressão são-paulina, que roubava a bola a todo instante e criava chances para ampliar o marcador.

Aos 23, Edmundo perdeu a bola para Júnior, que serviu Danilo. De primeira, o dez cruzou para Aloísio, que cabeceou por cima da meta. No minuto seguinte, Fabão deu um balão para frente, Aloísio tocou de cabeça e Danilo arriscou da intermediária. Sérgio tentou encaixar e por pouco não ficou com as penas do frango nas mãos.

Durante todo o primeiro tempo, o único chute palmeirense ao gol do rival aconteceu aos 29 minutos com Cristian, sem o menor perigo para Rogério Ceni. O São Paulo ainda chegou perto de ampliar mais duas vezes, ambas com Souza. O placar de 1 a 0 acabou ficando de bom tamanho para o time do Parque Antártica, que desceu para os vestiários ainda sonhando com uma possível virada.

Bronca animal: Antes de a bola começar a rolar para os 45 minutos finais, o atacante Edmundo deu uma tremenda bronca no árbitro Wilson de Souza Mendonça, que demorou para subir ao gramado e atrasou o início do segundo tempo do clássico desta quarta. Bem-humorado, o apitador levou na esportiva e não puniu o Animal com cartão amarelo.

Com a bola em jogo, o Palmeiras continuou dando mostras de nervosismo no início e batendo até na sombra. Aos sete, Marcinho Guerreiro, que já tinha amarelo, atingiu Leandro com violência, mas não foi punido pela arbitragem e permaneceu em campo.

Quando se preocupou somente em jogar futebol, o Alviverde cresceu. E chegou ao gol de empate. Aos 12, Edmundo sofreu falta pela direita. Na cobrança da falta, Correa colocou a bola na cabeça de Washington, livre de marcação: 1 a 1.

Com o empate, a situação se inverteu. O Palmeiras melhorou e começou a complicar a vida são-paulina. Aos 23 minutos, Edmundo partiu em direção ao gol e foi derrubado por Leandro quando se preparava para invadir a área. O são-paulino levou o cartão vermelho e o Animal, com violência, acertou a barreira, perdendo a chance da virada.

Aos 29, polêmica. Mineiro invadiu pela direita e bateu forte. Sérgio defendeu e, na sobra, Danilo tentou o arremate. A bola bateu na mão do volante Wendel e o árbitro, para desespero da torcida são-paulina, mandou o jogo seguir. Foi o último lance do novato palmeirense, que saiu para a entrada de Ricardinho. Já Muricy sacou Aloísio e mandou o atacante Thiago para a batalha.

No momento em que o árbitro Wilson de Souza Mendonça começava a irritar os são-paulinos, a torcida sorriu com um erro do árbitro. Tudo começou com uma bola tirada por Gamarra que bateu nas costas do apitador e sobrou para Júnior. O lateral arrancou em direção à área, escapou do rapa de Correa, dividiu com Cristian e caiu. O árbitro deu o pênalti e Rogério Ceni, aos 39 minutos, marcou o 61º e mais importante gol de sua carreira…mas o árbitro mandou voltar, acusando a paradinha do camisa um. Na repetição do lance, dois minutos depois, não teve jeito: gol e classificação são-paulina no Morumbi.

No final do jogo, Mendonça aprontou sua última lambança, marcando falta na área são-paulina alegando ‘cera’ de Rogério Ceni. Paulo Baier deu um tapa na bola e recebeu um ‘chega para lá’ de Fabão, dando início a uma confusão generalizada, com direito a empurra-empurra entre os atletas, que resultou na expulsão do camisa oito palmeirense.

Ainda houve tempo para Correa levantar a bola para a área e dar arrepios na torcida são-paulina, mas, no final, prevaleceu a equipe que mais procurou a vitória. O São Paulo venceu por 2 a 1 e manteve vivo o sonho de se tornar o primeiro clube brasileiro a se tornar tetracampeão da Libertadores, e o primeiro do planeta a se sagrar tetracampeão mundial.

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