Rogério Ceni chegou a viajar à capital paranaense mesmo com quadro de tendinite no joelho esquerdo, mas foi vetado pelo departamento médico do São Paulo porque ainda se queixava de dores na quarta-feira. Dores que ameaçam sua participação também no duelo de domingo com o Corinthians.
"Para o Rogério vir e não jogar, é porque é sério, pelo que conheço dele, de muitos anos, porque ele dificilmente fica fora de um jogo", disse o técnico Muricy Ramalho.
Na véspera da derrota por 3 a 1 para o Coritiba, a qual fez questão de ver do banco de reservas, o goleiro saiu mais cedo do treino e foi para as dependências internas do CT da Barra Funda. No hotel em que a delegação se hospedou, em Curitiba, ele realizou tratamento fisioterápico, mas a recuperação não foi satisfatória.
Ao retornar para a capital paulista, nesta quinta-feira, Ceni dará continuidade no trabalho de recuperação a fim de reunir condições para atuar no clássico. Caso contrário, seu substituto mais uma vez será Denis. Já a braçadeira de capitão, utilizada pelo volante Denilson em sua ausência, pode ficar com o meia Kaká, que voltará à equipe depois de cumprir suspensão.
Essa é a última oportunidade de Ceni de enfrentar o maior rival do São Paulo na carreira. Ele já confirmou que se aposentará ao final do contrato, em dezembro. Foi sobre o Corinthians que ele marcou um de seus gols mais marcantes, o centésimo, em partida na Arena Barueri. O estádio do ABC paulista foi palco também do empate do primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Apesar de entender a seriedade, Muricy não descarta a presença do goleiro no domingo. "É um profissional que se cuida muito, que tem uma recuperação muito boa. Mas é difícil falar, porque é um problema médico. Esse tipo de contusão é séria, ainda mais complicado para ele, que joga muito com os pés. Mas é um jogador que se recupera rapidamente", concluiu.