Apesar de não ter vaiado Maicon, como na quarta-feira, parte da torcida do São Paulo (mais precisamente o setor onde fica a principal organizada) voltou a gritar que "a Libertadores virou obrigação". Diferentemente de alguns jogadores e do técnico Muricy Ramalho, o goleiro Rogério Ceni não encarou a cobrança como pressão a mais pela conquista do título que deverá disputar também com o Corinthians.
Na fase prévia do torneio, o arquirrival venceu por 4 a 0 o jogo de ida contra o colombiano Once Caldas e está muito próximo de entrar no grupo do São Paulo. "Não tenha dúvida de que o Corinthians está, merecidamente, na próxima fase. Jogou com um a menos e teve personalidade. Isso mostra o quão competitivo é o time do Corinthians", elogiou.
Caso confirme a classificação, o Corinthians será o adversário do São Paulo logo na estreia da competição, no dia 18 – neste caso, em Itaquera. Por isso é que o canto da torcida tricolor engrossou nos últimos dias. Mas a expectativa que vem da arquibancada para o primeiro encontro entre os rivais na história do torneio não é diferente, segundo Ceni, daquela que sentem os atletas.
"Cobranças são naturais. Não é só o torcedor que quer conquistar a Libertadores. Eu quero muito e tenho certeza de que meus companheiros também. Não pense que esse grito ecoa apenas na nossa arquibancada. Ecoa também no Mineirão, no estádio do Corinthians, no Independência, no Beira-Rio. Ecoa para todos os times brasileiros", minimizou, ao lembrar que ser campeão não é tarefa fácil.
"A Libertadores tem mais de 40 anos de história. Participamos de umas 12 ou 13 edições. Ganhamos três vezes, chegamos a seis finais. Não é fácil vencer. É muita gente boa, muita gente querendo vencer", frisou.
Antes de se preocupar definitivamente com a Libertadores, contudo, o São Paulo ainda terá dois compromissos pelo Campeonato Paulista. O próximo deles também será um clássico, contra o Santos, na quarta-feira, na Vila Belmiro.