O que estava ruim pode ficar pior. Depois da derrota de 3 a 1 para o Sampaio Corrêa, sábado a tarde no Dutra, na estreia do Campeonato Brasileiro da Série D, e do clima quente no vestiário, o técnico Celso Teixeira pediu demissão. Mas, sua permanência ou não ainda não foi decidida pela diretoria. Foi o que informou na manhã de domingo o presidente Hélio Machado.
“Deixamos para conversar segunda-feira. No momento estava todo mundo de cabeça quente. Ele realmente falou em sair, mas não demos prosseguimento à conversa. Estamos avaliando os prós e os contras de uma mudança agora. A derrota foi inesperada, abalou a todos nós, mas não adianta tomarmos decisões precipitadas,” disse o dirigente.
Abatido, Machado não entrou em detalhes sobre a situação do treinador e nem comentou a discussão entre o técnico e o goleiro Éverton, que começou no campo e prosseguiu no vestiário. “Só nesta segunda anunciaremos uma posição sobre tudo isso”.
Também na manhã de domingo, no Estádio Presidente Dutra, falava-se que Eduardo Henrique poderia assumir o time, mas, conforme o repórter Adilson Gonçalves, da Rádio CBN Cuiabá (AM 590), não estaria descartada a vinda de outro treinador. Hélio não comentou nenhuma das especulações. “Vamos pensar com calma, mas é certo que temos que reforçar o elenco que aí está”.
Na saída do estádio, Celso chegou a ser interpelado por alguns torcedores mais exaltados, e ameaçou partir para o revide, sendo contido por policiais militares. O que se estranha na “discussão” entre o goleiro Éverton e o treinador, é que a indicação de Teixeira para comandar o Mixto partiu do próprio goleiro mixtense. Teixeira indicou alguns jogadores ao clube, e, coincidentemente após esse “desentendimento”, pediu para ir embora.
Mais estranha ainda foi a posição da diretoria que descartou qualquer punição.