O clube de maior torcida do Sul do Estado está sem presidente. Depois de um inesperado pedido de licença, por tempo indeterminado (anunciado na semana passada), Carlos Rufino deixou de vez o União Esporte Clube. Ele anunciou sua renúncia na manhã de quinta-feira, através de um documento enviado ao Conselho Deliberativo e à diretoria do clube.
No ofício da renúncia, Rufino cita que precisa “cuidar da saúde”, mas os motivos que o levaram a esta decisão vão bem mais além. “Preciso mesmo cuidar de mim, da saúde e dos meus negócios, mas estava ficando muito complicado comandar o União em função de questões políticas na cidade, que estavam fechando as portas para mim, e consequentemente para o clube”, comentou o dirigente, por telefone, evitando entrar em detalhes ou se estender sobre o assunto.
O vice-presidente Reydner Roberto Souza e Silva, que assumiu na semana passada, segue na presidência do Colorado e deve decidir sobre o cumprimento do restante do mandato ou imediata convocação de nova eleição. De acordo com Rufino, sua decisão é irrevogável. O clube enfrenta dificuldades financeiras, inclusive com greve recente dos atletas em função de atraso salarial.
O União viveu o seu auge em dois momentos: no começo da década de 1980, quando montou grandes equipes, e mais recentemente entre 2008 e 2010, quando o Grupo Amaggi patrocinou e levou o clube à sua primeira conquista