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“Briga” por Copa do Mundo acende rivalidade entre Cuiabá e Campo Grande

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A “briga” para ser sub-sede da Copa do Mundo de 2014 expõe e traz de volta a tona uma velha rivalidade entre Cuiabá e Campo Grande, capitais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, respectivamente. É histórico, as duas cidades travam verdadeiras batalhas, seja na política ou na geografia. Brigam até mesmo para saber quem tem o Pantanal mais bonito. Lutando para sediarem jogos do segundo mais importante evento esportivo do mundo, Cuiabá e Campo Grande estão traçando suas estratégias para “aparecer” frente aos representantes da FIFA, que vão analisar as estruturas das duas cidades e definir quem fica com a vaga na região pantaneira, já em março deste ano.

Enquanto o governo de Mato Grosso aposta todas suas fichas na influência política, o de Mato Grosso do Sul investe em mídia para “escancarar” seus atrativos. O governador André Puccinelli (PMDB-MS), contratou o famoso marqueteiro Chico Santa Rita para comandar a campanha pró-copa de Campo Grande. Chico é um velho conhecido dos cuiabanos, trabalhou durante a campanha do empresário Mauro Mendes (PR-MT) a prefeitura de Cuiabá em 2008 e perdeu.

O Executivo Estadual mato-grossense dá como certo que Cuiabá será escolhida como sub-sede. Nessa “guerra”, Cuiabá conta com pelo menos dois importantes fatores. Primeiro: O governador Blairo Maggi é amigo do presidente da república Luis Inácio Lula da Silva. Segundo: O eterno presidente da Federação Mato-grossense de Futebol, Carlos Orione é compadre do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira. De certo modo, essas proximidades podem sim pesar na hora da escolha.

Mas Puccinelli avalia que a situação política de Mato do Sul é mais confortável. O governador sul mato-grossense toca em uma “ferida” que ainda está aberta em Mato Grosso. Para ele, o fato de Blairo Maggi e o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) serem de partidos contrários e não andarem em sintonia, conta como um ponto negativo para a capital de Mato Grosso. Puccinelli lembra que ele e o prefeito de Campo Grande, o também peemedebista Nelsinho Trad são grandes aliados e trabalham juntos para levar a Copa para lá.

A “alfinetada” ganha fôlego em Mato Grosso. Apesar de Governo do Estado e Prefeitura Municipal terem levantado uma momentânea “bandeira branca”, existe sim uma crise entre os dois Executivos. O secretário estadual de Desenvolvimento do Turismo, Yuri Bastos, anda reclamando da falta de investimentos da prefeitura para ajudar a trazer a Copa para Cuiabá.

Investimentos — As duas cidades já apresentaram suas intenções de investimentos e melhorias na infra-estrutura para receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Cuiabá estima um investimento de cerca de R$ 1 bilhão, enquanto Campo Grande anuncia R$ 1,2 bilhões. Intenções a parte, os dois estados cantam vitória, afirmam que já estão escolhidas, mas a realidade é que definidas mesmo estão apenas oito cidades. São elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Salvador.

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