quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Brasil vence o Egito na última partida de 2011 com dois gols de Jonas

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Depois de muita reclamação a respeito do gramado de Libreville, no Gabão, o Brasil foi até Doha, no Catar, enfrentar a seleção do Egito no tapete do Estádio Al Rayyann, que, inclusive, tinha a maioria de torcedores para o time do estreante Bob Bradley. Apesar disso tudo, o Egito acabou derrotado por 2 a 0, com dois gols do atacante Jonas, que marcou pela primeira vez com a camisa da Seleção.

O time de Mano Menezes conseguiu se movimentar melhor durante os 90 minutos e soube se organizar ofensivamente com base na inteligente troca de passes entre Hernanes e Hulk, estratégia mais utilizada pela Seleção no primeiro tempo.

Apesar disso, os grandes nomes do Brasil na partida acabaram sendo Bruno César, que assumiu a função de armador que havia desprezado diante do Gabão, e Jonas, que marcou os dois gols do time que jogou mais futebol na tarde desta segunda-feira.

Com a vitória sobre o Egito, o Brasil conquista seu quinto resultado positivo de forma seguida e encerra 2011, uma temporada de muita instabilidade para o time brasileiro, que teve dois semestres completamente diferentes, mas se reorganizou na reta final. A Seleção Brasileira só volta a campo no final de fevereiro, contra um adversário ainda não definido.

O Jogo – Os primeiros minutos de bola rolando foram de muita marcação, sem que nenhum dos times conseguisse evoluir, já que o adversário pressionava a saída de bola. O Brasil era mais ousado porque trocava passes no meio como que chamando a marcação egípcia a oferecer os espaços na defesa.

Taticamente, no entanto, o Egito era superior e organizado, ao contrário do time de Mano Menezes, que estudava o rival e se aproveitava do bom gramado para se movimentar em busca do momento oportuno de ir à frente. Logo aos dois minutos, Fernandinho e Hernanes colocaram essa atitude em prática, fizeram tabela no meio e deixaram para Bruno César, que cruzou para ninguém no meio da área.

A partir dos cinco minutos, o time do estreante Bob Bradley mostrou que não estava em campo para brincadeira e organizou sua primeira jogada efetiva com Motaeb, que veio correndo e fintando a marcação brasileira até sofrer falta de Lucas Leiva.

Na cobrança de Razek Shikabala, o Egito criou sua primeira oportunidade real e obrigou o goleiro Diego Alves a se esticar todo e fazer uma grande defesa no chute colocado do meio-campista egípcio.

Assustado, o Brasil só conseguiu se fazer mais intenso quando viu o perigo de perto. No minuto seguinte à cobrança de Razek, Hulk sofreu uma falta de Nasef semelhante à cometida por Lucas Leiva. O próprio atacante brasileiro fez a cobrança com a força usual, mas a bola foi por cima do gol de El Shenawy.

A estratégia brasileira estava nos pés de Hernanes e Hulk, que trocavam de lado para enganar a marcação e faziam o Brasil chegar com um pouco mais de eficiência do que nos primeiros movimentos da etapa. Aos 26 minutos, foi exatamente pela movimentação do jogador do Porto que o Brasil assustou pela primeira vez.

Lucas Leiva fez o lançamento direto do campo de defesa para Hulk, que dominou, tirou o marcador do lance com o corpo e, de frente para o gol, bateu por cima da meta de El Shenawy. O Brasil chegou com intensidade pela primeira vez no jogo, movimento que seria repetido exatos cinco minutos depois.

Naquele instante, ficou visível que a Seleção Brasileira havia aprendido a jogar diante dos egípcios. No passe de letra de Hulk, Alex Sandro apareceu, meteu por debaixo das pernas de Hegazy e bateu no cantinho do gol para ótima defesa de El Shenawy.

Mais cinco minutos depois, aos 37, finalmente o Brasil abriu o placar. Na bela jogada criada por Bruno César no meio-campo, Hulk apareceu como um ponta, recebeu o passe, iludiu a marcação e cruzou na área. Na cara do gol, depois que a bola já havia passado por goleiro e marcadores, Jonas abriu o placar para o Brasil, se redimindo pelo mau futebol apresentado até aquele momento.

Os últimos minutos do primeiro tempo consistiram no Brasil trocando passes no campo de defesa, sem vontade de atacar e ampliar o marcador. Do outro lado, estava um Egito já sem fôlego para seguir marcando forte e correndo atrás dos brasileiros.

Com os ânimos renovados, a segunda etapa começou pegando fogo e, no primeiro minuto, Fernandinho recebeu a bola logo depois da saída e fez o passe para Jonas, que tirou do goleiro e bateu quase sem ângulo! No último instante, Hegazy salvou o Egito.

O Brasil demonstrou menos pressa para atacar, mas o adversário também não conseguia se movimentar no segundo tempo. Tanto que o segundo gol brasileiro surgiu em uma desatenção da marcação do Egito, que deixou Bruno César livre e o camisa 20 acabou sofrendo falta de Abd Rabo.

O próprio Bruno cobrou a falta do lado esquerdo do ataque, Fernandinho fez o desvio de cabeça e El Shenawy não conseguiu agarrar a bola, que sobrou nos pés de Jonas. O artilheiro brasileiro faz seu segundo gol na partida e aumentou a vantagem brasileira.

Os minutos posteriores ao gol do Brasil foram os mais empolgantes da partida, já que o Egito se arriscou com Elmehamady, que recebeu a bola dentro da área e bateu forte, colocado, para grande defesa de Diego Alves, e o Brasil também voltou à frente com Hernanes, logo depois da saída de bola, quando o time repetiu a jogada do Egito e o jogador da Lazio recebeu ótimo passe de Fernandinho para bater forte e rasteiro, mas pela linha de fundo.

Depois daquilo, os técnicos fizeram várias alterações (quatro de cada lado) e a partida perdeu o ritmo alucinante que havia tido nos primeiros minutos do segundo tempo. Os destaques positivos ficam por conta da homenagem dos jogadores do Egito a Ahmed Hassan, que entrou em campo para se tornar o jogador que mais jogou com a camisa do Egito, e pelo garoto Dudu, que entrou no lugar de Hulk e assustou com muita movimentação no campo de ataque.

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