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Brasil só empata em Campo Grande na despedida das eliminatórias

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A população sul-mato-grossense demonstrou grande ansiedade com a presença da seleção brasileira, mas não foi recompensada. Em uma noite infeliz nos arremates, a equipe do técnico Dunga apenas empatou por 0 a 0 com a Venezuela, no estádio Morenão, em Campo Grande, no encerramento das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.

O resultado pode fazer com que os brasileiros percam o título simbólico da competição. Se vencer a Colômbia ainda nesta quarta-feira, o Paraguai assegura o primeiro lugar das Eliminatórias, com 36 pontos. Classificado com antecipação, o Brasil fechou sua participação com 34.

Para completar, os pentacampeões mundiais perdem o aproveitamento de 100% contra a Venezuela em Eliminatórias. Nas 13 partidas anteriores, o time canarinho havia vencido o rival com certa facilidade.

Durante o confronto, a equipe do técnico Dunga alternou bastante de rendimento. No primeiro tempo, os donos da casa demoraram a acordar e criaram algumas chances apenas a partir dos 25 minutos. Na etapa final, os brasileiros, mesmo com a expulsão de Miranda, pressionaram bastante, mas pecaram nas finalizações.

O Brasil volta a se reunir em novembro. No dia 14 está confirmado o amistoso contra a Inglaterra, em Doha, no Catar. Três dias antes, foi reservada uma data para um jogo contra um rival ainda desconhecido.

O Jogo: O clima de festa imperou no Morenão no início da partida. Desacostumada a grandes eventos, a torcida sul-mato-grossense delirava a cada jogada dos pentacampeões mundiais, mesmo que não houvesse muito perigo. Até Dunga, na primeira vez em que saiu do banco de reservas, foi aplaudido de forma intensa.

Classificado para o Mundial, o Brasil jogava em ritmo de treino, sem forçar muito. Enquanto isso, a Venezuela criou a primeira chance. Aos 21 minutos, Maldonado bateu escanteio fechado na esquerda e quase fez um gol olímpico. O goleiro Julio César deu um leve desvio para salvar.

Em um jogo monótono, a primeira defesa do venezuelano Vega ocorreu apenas aos 25 minutos. Depois da cobrança de escanteio de Filipe, a bola bateu em Luís Fabiano dentro da área e sobrou limpa para o arqueiro.

Pouco depois, o Brasil resolveu utilizar um pouco de velocidade. Kaká se movimentou no meio-campo e serviu Luís Fabiano, que arriscou da entrada da área. A bola foi longe do gol. Já na defesa pentacampeã mundial, Miranda resolveu dar um pouco de emoção e quase fez contra. Julio César salvou.

A parceria Kaká e Luís Fabiano assustou a Venezuela mais uma vez em uma falta ensaiada. O camisa dez rolou para o chute do Fabuloso: a bola foi pela linha de fundo. Pelo menos, era a prova de que o Brasil havia melhorado em campo.

Até o intervalo, Luís Fabiano teve mais duas oportunidades de marcar. Na primeira, ele concluiu cruzamento de Maicon, mas a cabeçada foi por cima do travessão. Em seguida, o camisa 9 invadiu a área e, na hora do drible sobre Vegas, caiu. O árbitro mandou seguir.

No final, mais um susto aos torcedores de Campo Grande. A defesa brasileira cochilou em cobrança de lateral da direita e permitiu a cabeçada de Arango. Julio César fez grande intervenção no ângulo direito.

Na etapa complementar, o Brasil voltou disposto a buscar o gol para dar uma satisfação ao público sul-mato-grossense. Com as linhas mais avançadas, a equipe canarinho sufocava a Venezuela. Aos oito minutos, faltou sorte. A cabeçada de Gilberto Silva carimbou a trave de Vega.

Quando o jogo parecia ficar mais fácil, Miranda resolveu dar um pingo de esperança aos venezuelanos. O defensor do São Paulo nem sequer tinha amarelo e acabou expulso por uma cotovelada em Maldonado. Ainda assim, saiu ovacionado do gramado.

Ansiosa por um gol, a torcida percebeu que era o momento de apoiar e deu sua energia das arquibancadas. Em campo, os jogadores não mediam esforços em busca da abertura de placar. Aos 20 minutos, Luís Fabiano recebeu na área, girou o corpo e bateu. Vega fez grande defesa no canto direito.

O gol parecia maduro. No chute de Nilmar, aos 24 minutos, Rey tirou em cima da linha. Sem medo do contra-ataque adversário, Dunga ainda deixou o time mais ofensivo no final, com as entradas de Alex e Elano. Mas o dia não era brasileiro. Até o chute de Kaká,

 

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