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Brasil encerra eliminatórias hoje e quer vence a Colômbia para ficar em 2º no grupo

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As filas mais extensas por ingressos para a partida entre Brasil e Colômbia, às 20h50 desta quarta-feira, no Maracanã, não refletiam o sentimento de todos os cariocas. “Você está louco? Essa seleçãozinha não vale o preço da entrada. Prefiro ir para o meu samba”, esbravejava um taxista que estacionou seu carro à frente do hotel onde a equipe de Dunga se concentrou para a rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo. No rádio, ele trocou de estação quando a notícia era sobre a procura por bilhetes para assistir ao jogo. Sintonizou uma canção de Dudu Nobre.
Dunga almeja conquistar o mais pessimista dos cariocas contra a Colômbia. Já depois da vitória por 3 a 0 sobre o Chile, quando os jogadores da seleção brasileira sambaram em campo para responder a provocações de jornais chilenos, a expectativa era de que o show continuasse contra a frágil Bolívia no Engenhão. Ao invés de aplausos, no entanto, a platéia do Rio de Janeiro vaiou o placar de 0 a 0 e gritou “adeus” para o treinador da seleção brasileira.

Os cariocas haviam esboçado protestar na estréia de Dunga sob o comando da seleção em um jogo de Eliminatórias no Maracanã. A goleada por 5 a 0 sobre o Equador em 17 de outubro do ano passado, entretanto, calou as críticas. Serviu até para o atacante Robinho receber agora uma homenagem pelo drible que aplicou antes do quarto gol do Brasil, marcado por Elano.

A intenção é que não só a primeira, mas também a última impressão da seleção no Rio de Janeiro fique na memória dos cariocas. “Como essa pode ser a nossa despedida do Rio antes da Copa do Mundo, gostaríamos de apagar aquela imagem da partida com a Bolívia. Também queremos levar algo positivo daqui”, afirmou Dunga, que segue desprestigiado na cidade. Uma pesquisa divulgada pela TNS Sport do Brasil aponta que, entre a população local, somente um em cada dez torcedores aprovam o trabalho do técnico.

Até a CBF esperava outro entusiasmo do público carioca no retorno ao Rio. Com ingressos mais baratos em relação ao confronto com a Bolívia, previa-se que a carga disponível fosse esgotada antes desta quarta-feira. Só 30 mil torcedores compraram bilhetes com antecedência, o que fez a organização retroceder e abrir as bilheterias também no dia da partida contra a Colômbia.

Apesar de também reconhecer as adversidades do empate com a Bolívia, Dunga promete a mesma postura da ocasião para superar, agora, os colombianos. “Se não fosse assim, estaria dizendo que não nos preparamos bem para aquele jogo”, justificou. Na verdade, o desempenho a se espelhar é o da goleada por 4 a 0 sobre a Venezuela, no último domingo.

Em relação àquela partida, Dunga terá o desfalque do centroavante Adriano, suspenso. Dois novatos disputam a posição do jogador da Internazionale. Jô é o favorito a ganhar a vaga entre os titulares, visto que Alexandre Pato sequer foi relacionado para o banco de reservas na rodada anterior. O restante da equipe não deverá sofrer alterações.

Na Colômbia, a desconfiança com a seleção nacional já é generalizada. Enquanto o Brasil, com os mesmos 16 pontos da Argentina, tentará se manter à frente da arqui-rival na liderança das Eliminatórias (o líder Paraguai soma 20 pontos e é inalcançável no momento), o adversário desta quarta-feira totaliza apenas 10 e vem de três derrotas consecutivas. “Isso só os torna mais perigosos”, respeitou Dunga.

Para não sambar, o técnico Eduardo Lara adota para a Colômbia a mesma estratégia extremamente defensiva que a Bolívia utilizou com sucesso contra o Brasil no Rio de Janeiro. “Estou tranqüilo porque o conceito que passei para os jogadores está bem claro”, assegurou o comandante colombiano. Dunga partilha do sentimento.

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