De novo o Rose Bowl. De novo um 0 a 0. A diferença é que na final da Copa do Mundo de 1994 a Seleção Brasileira deixou o jogo tetracampeã do mundo. Neste sábado, na estreia na Copa América Centenário, o Brasil também saiu no lucro, mas muito, muito longe de um espírito vencedor.
O lucro no empate com o Equador, em confronto pelo Grupo B, se deu pelo fato de o time de Dunga ter escapado da derrota graças a um equívoco de arbitragem que, se não tivesse ocorrido, mancharia não só o início da campanha, mas também a carreira do goleiro Alisson, que teve falha feia no lance.
Com o resultado, Brasil e Equador ficam com um ponto cada um. Na próxima rodada, a Seleção Barsileira enfrenta o Haiti, em Orlando. O duelo será quarta-feira, às 20h30 (de Brasília). Já os equatorianos vão enfrentar o Peru, líder do grupo.
Antes de um segundo tempo no qual o Brasil escapou por pouco da derrota, a Seleção fez um primeiro tempo animador. Trocas de passes, imposição de jogo, colocando o Equador "de costas" na parede. No entanto, o problema foi a falta de finalizações e lances que, de fato, levassem perigo tanto quanto os contra-ataques equatorianos. Um chute à queima-roupa de Coutinho, que demandou um milagre do goleiro Dreer, foi a exceção.
Só que a impressão de um Brasil "transformado" em relação ao sofrimento nas Eliminatórias foi enganosa. A curva de performance despencou na etapa final. O Equador foi ganhando espaço à medida em que a Seleção Brasileira parou de produzir lances de perigo.
O ápice da aflição para o time do Brasil foi quando Miller Bolaños chutou uma bola sem ângulo e Alisson, em uma tentativa frustrada de encaixar, foi com bola e tudo para dentro do gol. O goleiro já estava se lamentando e não reparou que alguém tinha salvado a pele dele: o assistente levantou a bandeira, dizendo, de forma equivocada, que a bola tinha saído. Ufa.
Depois disso, mais alterações no Brasil, só que nenhuma no placar. Poucos chutes a gol, fim de papo e estreia com tropeço.