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Brasil bate o Peru e vence a sexta seguida com Tite no comando

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O Peru talvez tenha sido crucial para um divisor de águas na Seleção Brasileira. Dunga caiu justamente depois de uma derrota para os peruanos ainda na primeira fase da Copa América dos Estados Unidos há cerca de cinco meses. À época, o temor de ficar de fora da Copa do Mundo da Rússia já era latente. Sorte dos brasileiros e azar dos peruanos que desde então tudo mudou. No começo da madrugada desta quarta-feira, o Brasil ratificou sua boa fase com uma vitória convincente em cima do mesmo Peru, e dessa vez em Lima, com o estádio Nacional lotado. Gabriel Jesus e Renato Augusto garantiram a sexta vitória seguida da Seleção Brasileira, todas sob o comando de Tite. A marca é idêntica a do técnico João Saldanha, que fez o mesmo em 1969 com o time que conquistaria o Tri no ano seguinte, no México, com Pelé e companhia.

Dessa forma, o Brasil encerra o ano em lua de mel com sua própria torcida depois de longos problemas de relacionamento. Os três pontos nesta 12ª rodada das Eliminatórias Sul-americanas para o Mundial de 2018 fizeram a seleção abrir quatro pontos de vantagem na liderança da classificação, agora com 27 pontos. Já o Peru, depois de viver um momento de glória na Copa América, praticamente dá adeus ao sonho de voltar a disputar uma Copa, o que já não acontece desde 1982. A equipe de Guerrero e Cueva estaciona nos 14 pontos, na oitava colocação, a cinco da Argentina, nesse momento dona da vaga na repescagem.

As duas seleções voltam a campo agora apenas dia 23 de março, quando o Brasil fará clássico com o Uruguai, vice-líder, de novo como visitante, enquanto o Peru terá de enfrentar a Venezuela, também longe de seus domínios.

Assim como contra a Argentina, o Brasil novamente não iniciou o jogo como gostaria e pretendia. Empolgados, os peruanos partiram para cima, corajosos, e conseguiram abalar os comandados de Tite nos minutos iniciais. O plano de Ricardo Gareca só não deu certo efetivamente porque Carrilo não soube aproveitar a linda assistência de Cueva e, cara a cara com Alisson, acertou a trave. Foi a bola do jogo para os peruanos, apesar dos poucos seis minutos de partida.

Isso porque o susto não serviu para fazer com que o time da casa mantivesse sua pressão por muito tempo e ainda acabou acordando os brasileiros. Pouco a pouco, a Seleção de Tite ia se encaixando, tendo amis domínio da bola e assustando. A preocupação começou a falar mais alto que a audácia entre os atletas do Peru.

E assim foi até o intervalo. Paulinho testou o goleiro Pedro Gallese em contra-ataque puxado por Neymar, Gabriel Jesus não estufou as redes por centímetros depois de cruzamento de Renato Augusto e Fernandinho, capitão nesta quarta, perdeu uma situação clara de gol depois de cobrança de escanteio.

O Peru teve de se conter em se defender como podia a passou a apostar apenas nos contra-ataques. A estratégia de Tite de deixar Philippe Coutinho flutuando pelo meio, um pouco mais centralizado, e Renato Augusto aberto na direita funcionou bem e foi a origem das melhores jogadas brasileiras. Mesmo assim, ninguém viu gol no primeiro tempo.

O panorama não mudou da segunda etapa. Como vistante, o Brasil já estava à vontade em campo e trabalhando a bola de forma plástica em alguns momentos, com muitos toques rápidos, sem deixar de ser seguro atrás para conter as poucas aventuras dos donos da casa no ataque.
Assim foi até que uma de tantas jogadas feitas por Renato Augusto e Philippe Coutinho pela direita acabou forçando um vacilo da zaga peruana dentro da área. A bola então se ofereceu a Gabriel Jesus, e o menino de apenas 19 anos não perdeu a calma. O toque foi de primeira, com categoria, no contrapé do goleiro. Gol do Brasil, que já fazia por merecer.

O gol deu tranquilidade e o Brasil, além de estar à frente no placar, passou a jogar bonito, leve, com tranquilidade e confiança em alta. Assim, Neymar acertou o travessão e por pouco não marcou um golaço. O Peru até assustou em alguns lances de bola parada, mas, depois de um novo vacilo de seus zagueiros, Gabriel Jesus não foi fominha e serviu Renato Augusto, que bateu no gol como uma tacada de sinuca para estufar as redes e dar números finais ao jogo. O Brasil, líder das Eliminatórias, agora só volta a campo em março, para encarar o Uruguai. Mas, a torcida já está com saudade dessa nova Seleção.

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