O Botafogo tem sofrido ao levar gols no fim dos jogos no Campeonato Brasileiro. Foi assim no duelo passado, quando sofreu dois gols nos acréscimos do segundo tempo e acabou derrotado por 3 a 2 pelo Vitória. Mas um dia da caça, outro do caçador. Nesta noite de quarta-feira, na abertura da 27ª rodada, o Glorioso derrotou a Chapecoense, de virada, por 2 a 1 no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ), justamente com um gol aos 49 minutos do segundo tempo, anotado por Vinícius Tanque. Antes, Apodi tinha aberto o marcador e Brenner igualado o placar. Todos os gols foram na segunda etapa.
Com o resultado o Botafogo chegou aos 43 pontos e manteve a sexta posição, se consolidando no G6, a zona de classificação para a Copa Libertadores. Já a Chapecoense, com 32 pontos, segue cada vez mais ameaçada pelo fantasma da Segunda Divisão.
Quando Alan Rushel cobrou uma falta para a área e Túlio de Melo desviou para a defesa de Gatito Fernández com apenas dois minutos de jogo, ficou a expectativa de que seria um primeiro tempo eletrizante. Mas não foi isso que aconteceu. A falta de eficiência ofensiva dos times, aliada a uma predileção pela postura defensiva dos catarinenses, com um toque de falta de espaços era a receita perfeita para a monotonia.
Dono da casa e, portanto, com maior responsabilidade de buscar o triunfo, o Botafogo, por exemplo, só foi assustar aos 19 minutos. Após cobrança de falta de João Paulo, o goleiro Jandrei soltou a bola, que sobrou para Igor Rabello mandá-la sobre o gol.
A decisão de priorizar a defesa era tão visível por parte da Chapecoense que até mesmo Wellington Paulista, que teria que atacar, estava mais preocupado em cobrir os avanços de Arnaldo na lateral direita.
Com três volantes de ofício, o Botafogo mais uma vez deixava claro que prefere os jogos em que a missão de propor não é sua. Mesmo assim assustou aos 39 minutos, quando Guilherme se livrou de dois e arriscou sobre o gol. No último lance de perigo da primeira etapa foi a vez de Guilherme cruzar e Brenner cabecear para fora.
Na volta para o segundo tempo o Botafogo procurou adiantar a marcação e alugar o campo adversário, mas as dificuldades de criação seguiam grandes. O time, porém, conseguiu uma sequência de escanteios e em um deles assustou, aos sete minutos. João Paulo fez a cobrança e Joel Carli cabeceou para fora.
Mesmo com um desempenho ofensivo nulo até então a Chapecoense conseguiu abrir o marcador aos 14 minutos. Túlio de Melo foi lançado por Reinaldo, ganhou de Marcos Vinícius e cruzou para Apodi cabecear com violência, sem chances para Gatito Fernández.
A resposta do Botafogo, porém, foi rápida e o empate veio aos 20 minutos. João Paulo cobrou falta, Joel Carli desviou e Brenner cabeceou para o fundo da rede. O terceiro gol cosecutivo do atacante, que terá a missão de substituir até o fim do ano Roger, que se submeteu a uma cirurgia para a retirada de um tumor benígno no rim.
O jogo ficou um pouco mais aberto e a Chapecoense assustou aos 28 minutos, quando Penilla cruzou rasteiro e Túlio de Melo escorou para fora, assustando a Gatito. Depois disso os catarinenses passaram a segurar o jogo, abusando do antijogo, com seus atletas se jogando constantemente no chão.
De tanto fazer cera a Chapecoense acabou castigada já nos acréscimos do segundo tempo, quando o Glorioso chegou ao gol da virada. Aos 49 minutos Arnaldo cruzou, Jandrei rebateu para o lado, Rodrigo Pimpão pegou e rebote e cruzou para a cabeçada certeira de Vinícius Tanque, que definiu o marcador.
O Botafogo volta a campo já neste sábado, quando faz o clássico carioca com o Vasco no Maracanã, no Rio de Janeiro, às 19h(de Brasília). O jogo abre a 28ª do Brasileirão. No domingo a Chapecoense , às 17h(de Brasília), terá outro carioca pela frente. Isso porque recebe o Flamengo na Arena Condá, em Chapecó (SC).