A negociação para contratar Paulo Autuori não evoluiu e o Botafogo já abriu conversações com Oswaldo de Oliveira, atualmente no futebol japonês e que pretende retornar ao Brasil. Nos corredores de General Severiano há quem dê o nome do ex-treinador do Corinthians e de outros grandes clubes do futebol brasileiro como certo no Glorioso em 2011.
Dentre outros aspectos, pesa a favor de Oswaldo o fato de que os botafoguenses não teriam custos para contratá-lo, ao contrário do que acontece com Autuori, que tem vínculo até maio com a Federação de Futebol do Catar, já que dirige a seleção local no Torneio Pré-Olímpico da Ásia.
Quem vem cuidando pessoalmente das negociações envolvendo o nome do futuro treinador é o presidente Maurício Assumpção, que jantou com Paulo Autuori na semana passada, quando o treinador veio ao Brasil para a formatura de sua filha. Ciente de que as conversações com Autuori não poderiam evoluir, o dirigente passou a voltar as suas baterias para Oswaldo, a quem elogia mesmo sem querer confirmar a existência de uma negociação.
"Para dirigir o Botafogo, pelo esforço que fizemos nos últimos anos e pela qualidade de nosso elenco, precisamos de um treinador de ponta, que tenha títulos de expressão nacionais e continentais. O Oswaldo realmente se encaixa neste perfil. Embora eu nunca tenha trabalhado com ele, as referências são as melhores possíveis. Mas só gosto de falar de qualquer negociação quando está encerrada", despistou Maurício Assumpção.
O presidente do Botafogo realmente quer um nome de ponta para o clube e descartou contratar treinadores que se destacaram na Série B esse ano, como Gilson Kleina, da Ponte Preta, e Jorginho, da Portuguesa. Outros nomes como René Simões foram oferecidos e descartados.
Oswaldo realmente atende aos requisitos exigidos pelo presidente do Botafogo. Ele começou carreira de técnico no Corinthians em 1999, quando ganhou o Campeonato Paulista e o Campeonato Brasileiro. Em janeiro de 2000 levou o Timão ao maior título de sua história, o Mundial de Clubes da Fifa. Em 2002 ele ganhou o Supercampeonato Paulista pelo São Paulo.
No futebol carioca Oswaldo trabalhou no Fluminense, no Flamengo e no Vasco, que conduziu até à decisão da Copa Mercosul e da Copa João Havelange, em 2000. Porém, largou o time antes da final por se desentender com o então presidente do clube, Eurico Miranda.
Em 2006 dirigiu o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro e depois se transferiu para o Kashima Antlers, onde se encontra até hoje, tendo conquistado todos os títulos possíveis pelo time no Japão.
O contrato dele se encerra em 31 de dezembro e, mesmo com convite para renovação, pretende retornar ao Brasil, o que pode pesar a favor do Botafogo.