A Bélgica encerrou sua campanha na Copa do Mundo de 2018 de forma honrosa neste sábado, em São Petersburgo. Enfrentando a Inglaterra pelo terceiro lugar da competição, os Red Devils foram cirúrgicos logo no início da partida, assim como já haviam sido contra o Brasil, nas quartas de final, e acabaram vencendo os adversários por 2 a 0, graças aos gols de Meunier, aos três minutos de jogo, e Hazard, já no final do segundo tempo.
Com o resultado, o time comandado pelo técnico Roberto Martínez entrou para a história do futebol belga. Nenhuma geração do país chegou tão longe quanto essa de 2018 em uma Copa do Mundo. Em 1986, a Bélgica também foi eliminada na semifinal, porém, na disputa pelo terceiro lugar acabou derrotada pela França.
A Inglaterra, por sua vez, perdeu a grande oportunidade de fazer sua melhor campanha em Mundiais desde o título em 1966, quando sediou o torneio. Neste sábado o técnico Gareth Southgate levou a campo uma equipe sem quatro titulares e, embora tenha assegurado o comprometimento de seus jogadores no confronto com os belgas, não se esforçou muito para superar a campanha de 1990, quando os ingleses disputaram o terceiro lugar e acabaram derrotados pela Itália.
O jogo – A Bélgica iniciou a partida de maneira avassaladora neste sábado. Sem dar espaços à Inglaterra, o time do técnico Roberto Martínez foi cirúrgico em sua primeira oportunidade, logo aos três minutos, e desta maneira acabou abrindo o placar. Em contra-ataque fulminante, Chadli recebeu ótima enfiada de bola de Lukaku e cruzou na medida para Meunier, que se antecipou ao zagueiro para chegar finalizando de primeira dentro da área, sem chances para o goleiro Pickford.
Embpolgados com o gol precoce, os belgas continuaram pressionando a Inglaterra e por pouco não ampliaram aos 11 minutos, quando De Bruyne recebeu de Lukaku e bateu sem tomar distância, na tentativa de iludir o zagueiro. Antes de chegar ao gol, a bola ainda contou com desvio da defesa inglesa, mas o goleiro adversário estava esperto para fazer a defesa.
A Inglaterra só foi responder, de fato, aos 22 minutos, com seu artilheiro, Harry Kane. Sterling ajeitou para o camisa 9 na entrada da área, porém, ele não pegou bem na bola e a viu sair mascada pela linha de fundo.
Antes do intervalo, a Bélgica ainda teve mais duas oportunidades para ir ao vestiário com uma vantagem ainda maior no placar. Aos 34 minutos, Hazard recebeu bom passe de De Bruyne dentro da área e tentou a finalização, mas foi travado na hora “h” pelo zagueiro Stones. Na sequência, após cobrança de escanteio, foi a vez de Alderweireld completar a sobra do chute de Tielemans e mandar rente ao travessão, assustando o goleiro Pickford.
Segundo tempo
A Inglaterra voltou para o segundo tempo disposta a reverter o jogo. Para isso, o técnico Gareth Southgate promoveu duas alterações em sua equipe: a entrada de Lingard na vaga de Rose e Rashford no lugar de Sterling. As mudanças pareceram ter surtido efeito aos nove minutos, quando Lingard bateu cruzado dentro da área e viu Harry Kane se jogar na bola na tentativa de um desvio para o gol, o que não aconteceu.
A Bélgica, por sua vez, não deixou barato e respondeu logo em seguida. De Bruyne encontrou uma brecha mínima entre os zagueiros adversários e tocou em profundidade para Lukaku. O atacante, porém, não conseguiu dominar a bola da forma que queria e, frente a frente com Courtois, a viu escapar de seus pés, desperdiçando grande oportunidade.
Tentando correr atrás do prejuízo, a Inglaterra seguiu pressionando a Bélgica no restante da partida. Aos 24 minutos, a melhor chance dos Three Lions. Eric Dier, do Tottenham, tabelou com Jesse Lingard e saiu na cara do gol. O volante ainda tocou por cima do goleiro, mas, antes de a bola cruzar a linha, Alderweireld apareceu de forma providencial para afastar o perigo.
Se a Inglaterra não aproveitou sua grande oportunidade, a Bélgica fez o seu dever de casa. Aos 36 minutos, De Bruyne arrancou pelo meio e acionou Eden Hazard na esquerda. O atacante do Chelsea invadiu a área e tocou na saída do goleiro, estufando as redes e assegurando o histórico terceiro lugar da ótima geração belga.