A Seleção Brasileira masculina de basquete foi derrotada pela Rússia, nesta quinta-feira, por 75 a 74, em confronto dramático. Depois de ficar atrás do marcador durante quase toda a partida, o Brasil conseguiu a virada no quarto final, mas uma cesta de três pontos a quatro segundos do fim do jogo deu a vitória aos europeus.
A Seleção abriu vantagem de dois pontos a seis segundos do fim do confronto, mas a Rússia teve a chance de realizar o último ataque. Leandrinho escorregou na hora de marcar Fridzon e o russo, mesmo desequilibrado, conseguiu converter o arremesso de longa distância.
O cestinha do Brasil nesta quinta-feira foi o ala Leandrinho, com 16 pontos, seguido pelo americano naturalizado Larry Taylor, que com 12 tentos comandou o time no quarto final. Pela Rússia, Andrei Kirilenko foi o destaque, com 19 pontos e três rebotes.
O resultado deixa a Seleção Brasileira com cinco pontos ganhos em três partidas disputadas no Grupo B das Olimpíadas de Londres, ainda bem perto da vaga nas quartas de final. A Rússia lidera a chave com seis. O Brasil pode selar sua passagem à próxima fase no sábado, quando pega a China.
Mais cedo nesta quarta-feira, a Argentina conseguiu boa vitória sobre a Tunísia, por 92 a 69 e somou seu segundo resultado positivo em Londres-2012. Liderado por Manu Ginobili, que marcou 24 pontos, o time sul-americano superou as dificuldades encontradas no primeiro quarto e estabeleceu vantagem confortável.
A Argentina volta à quadra neste sábado para enfrentar a Nigéria. Já a Tunísia tem pela frente a forte seleção da França.
O jogo – O Brasil conseguiu levar vantagem sobre a Rússia no primeiro quarto de partida nesta quinta-feira. Com uma marcação forte de Alex sobre Andrei Kirilenko, a Seleção ficou à frente no marcador e completou os dez primeiros minutos de partida com 20 a 15 de vantagem.
No segundo quarto, a estrela russa conseguiu encontrar espaço na defesa brasileira e passou a liderar a virada de seu time. Ele marcou 14 pontos no período, contribuindo para a Rússia chegar ao intervalo com 40 a 32 no marcador.
A defesa brasileira voltou melhor do vestiário, mas o problema passou a ser o baixo aproveitamento dos arremessos de quadra. Desperdiçando contra-ataques e posses de bola trabalhadas, o Brasil perdeu a chance de encostar no placar.
A Seleção subiu de rendimento no quarto final de partida e empatou o confronto com 63 pontos para cada lado, em um bom arremesso de Leandrinho. Quando o pivô Nenê converteu dois lances livres, o Brasil voltou à frente do marcador pela primeira vez desde o segundo quarto de jogo. O norte-americano naturalizado Larry, que demorou para engrenar, passou a ser o atleta mais importante da Seleção, apostando em infiltrações pelo garrafão.
Faltando 26 segundos para o fim da partida, o armador russo Shved converteu arremesso de três pontos e empatou novamente a partida. O técnico Rubén Magnano pediu tempo técnico para organizar a última jogada ofensiva do Brasil no tempo regulamentar.
Marcelinho Huertas comandou a ação ofensiva. Depois de prender bola, o armador do Barcelona partiu em velocidade e conseguiu a bandeja na infiltração, deixando a Seleção com dois pontos de vantagem a seis segundos do fim da partida. A Rússia, no entanto, armou uma jogada para três pontos e Fridzon converteu o arremesso a quatro segundos do fim, dando a vitória à equipe europeia.