A campanha do São Paulo sob comando de Paulo Autuori é pífia. O sucessor de Ney Franco dirigiu oito derrotas em dez partidas, tendo vencido uma só partida, sobre o Benfica, na amistosa Copa Eusébio. Apesar disso, o treinador confia na reação da equipe para escapar da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
"Já vi clubes com muito mais dificuldade do que essa, tendo um turno só, se safarem. Essa análise é muito superficial. Agora, logicamente não há tempo. Tenho falado com os jogadores de que não temos tempo, que (a recuperação) tem que ser no próximo jogo", disse, ao fim do revés por 2 a 1 para a Portuguesa, no sábado.
Com 13% de aproveitamento em seu retorno ao clube onde foi campeão da Libertadores e do Mundial de 2005, Autuori tem tentado achar pontos positivos nas últimas partidas. No Canindé, ele gostou bastante da etapa final, em que o goleiro Rogério Ceni desperdiçou pênalti, e o atacante Aloísio teve gol anulado.
"Estamos fazendo aquilo que tem que ser feito. Se os resultados não vêm, como não veio hoje (sábado), é complicado, sem dúvida. Agora, acho que temos tudo para sair dessa situação. Mas é uma leitura minha, e não tenho que ficar falando, porque sou suspeito", avaliou o comandante, que se defende com o argumento de pouco tempo para treinos.
"Não coloquei minha forma de trabalho porque só tive dois dias de treino. Essa é a realidade. Mas não vou lamentar absolutamente nada", exagerou, na véspera de folga concedida ao elenco – o próximo compromisso será apenas na quinta-feira, diante do quinto colocado Atlético-PR, no Morumbi.
Para esta partida, ele não poderá contar com o lateral direito Douglas, que cumprirá suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. Os zagueiros Paulo Miranda e Edson Silva também ainda não deverão estar à disposição, assim como o volante Denilson, que se recupera de cirurgia.