O Atlético-MG fez a sua parte em sua busca pela liderança do Campeonato Brasileiro. Jogando diante de mais de 40 mil torcedores no Mineirão, o Galo venceu o Náutico por 3 a 0 e chegou a 14 pontos em seis rodadas. A equipe pernambucana, por outro lado, fica com oito pontos, no meio da tabela de classificação.
O jogo começou morno, com as duas equipes se estudando, mas um lance mudou o curso das ações rapidamente. Aos nove minutos, Thiago Feltri deu um carrinho frontal em Aílton, com a sola da chuteira na altura da canela do adversário, e foi punido com o vermelho direto, deixando o Galo com dez.
Curiosamente, foi o time da casa que reagiu melhor à expulsão. Os jogadores passaram a mostrar mais dedicação e passaram a levar perigo. Primeiro, Diego Tardelli pressionou a defesa, roubou a bola e tentou o passe para Márcio Araújo, mas o goleiro Eduardo conseguiu abafar.
A maior presença ofensiva levou o Atlético ao gol. Éder Luís cruzou da direita, Diego Tardelli deixou passar e Júnior tocou para o gol aberto, abrindo o placar, aos 13 minutos. Apesar da grande reclamação do Náutico, a posição de Júnior era legal.
Aos poucos, o Galo foi percebendo que seria difícil manter aquele ritmo durante os 90 minutos e, até pela vantagem no placar, passou a jogar de maneira mais cautelosa, apostando na velocidade de seus atacantes para encaixar contra-ataques. Assim, o time da casa manteve certo controle da partida durante toda a primeira etapa, embora o Timbu tivesse mais posse de bola.
O segundo tempo começou quente. Logo aos seis minutos, o Náutico quase empatou o jogo numa cabeçada de Gladstone na pequena área, que Aranha defendeu com reflexo e com posicionamento. Na sobra, Jonílson tentava puxar o contra-ataque, mas foi derrubado por Vagner. Com algum exagero, o árbitro Francisco Carlos Nascimento expulsou o zagueiro alvirrubro.
O lance inflamou a torcida atleticana, que compareceu em bom número ao Mineirão. Em campo, o time da casa respondeu e passou a pressionar. A principal jogada era pela esquerda, com Júnior. O ex-lateral da seleção obrigou Eduardo a duas ótimas defesas: a primeira num cruzamento que foi direto para o gol; a segunda num chute forte, cruzado.
Atordoado, o Náutico passou a jogar com nove atletas a partir dos 14 minutos. Derley deu um violento carrinho frontal em Renan e recebeu o vermelho direto. Desta vez, a expulsão foi criteriosa, pois o lance foi parecido com o que tirou Thiago Feltri da partida.
O time pernambucano sentiu a inferioridade numérica. Quando Júnior cobrou uma falta da esquerda, não houve ninguém capaz de tirar a bola da área e Diego Tardelli apareceu no segundo pau para ampliar o marcador, aos 18 minutos. Pelo panorama da partida, a vitória alvinegra já parecia certa, faltava apenas saber o placar.
Em campo, os jogadores do Atlético passavam esta mesma impressão, e o jogo passou a ser mais cadenciado. Mesmo assim, surgiam chances. Em jogada de Tardelli pela direita, Júnior dominou na entrada da área e bateu de pé direito. O goleiro Eduardo já não estava no lance, e foi a cabeça de Gladstone que evitou o gol.
Se a dúvida era saber o placar, acertou quem falou 3 a 0. Aos 38 minutos, Márcio Araújo entrou na área ao fazer uma tabela com Kléber, que atuou como pivô. O volante atleticano tocou por baixo de Eduardo para marcar o terceiro. A vantagem alvinegra poderia ter sido até maior se o chute de Tchô, aos 43, não tivesse parado na trave.
Na próxima rodada, o Atlético joga fora de casa, diante do Santos, no domingo. No sábado, o Náutico tentará sua recuperação no Estádio dos Aflitos, contra o Coritiba.