“Se não for sofrido, não é Galo”. Essa frase é conhecida em Belo Horizonte. As grandes conquistas do Atlético são marcadas pela superação, pelo sofrimento, por muita raça. Não foi diferente com o Figueirense, na noite desta quarta-feira, no Independência, pela Copa do Brasil. Após perder no tempo normal, por 2 a 1, jogando diante de mais de 15 mil torcedores, o clube mineiro garantiu a classificação nos pênaltis.
Nas cobranças, o Galo foi perfeito. A equipe mineira marcou todas as cobranças e o goleiro Victor fez duas defesas, de Jorge Henrique e Diego Renan. Pelo Galo, Fábio Santos, Ricardo Oliveira, Thomas Andrade e Luan marcaram os tentos. André Luis e Cedrón ainda tentaram contribuir pelo lado do clube de Santa Catarina, mas não foi o suficiente.
No tempo normal, no entanto, o Figueirense foi um duro adversário. A equipe marcou o primeiro gol, mas foi batida minutos depois. No segundo tempo, Jorge Henrique tratou de marcar o gol que levou o duelo para os pênaltis.
O Atlético volta a campo no domingo, às 16h (de Brasília), contra a URT, no Independência, pelas quartas de final do Campeonato Mineiro. O Figueirense também entra em campo no mesmo dia e horário, contra o Inter de Lages, pelo Campeonato Catarinense.
Os primeiros cinco minutos do duelo foram do Atlético. A equipe de Thiago Larghi ocupava melhor os espaços e sabia se colocar em campo. Como não precisava de correr atrás do resultado, o Galo esperava o adversário.
Quando o relógio do árbitro se aproximou dos 10 primeiros minutos, o Figueirense passou a melhorar em campo. O Galo conseguiu transformar sua tranquilidade em sustos. O comportamento da equipe mostrava um grupo nervoso em campo, com erros na marcação.
O Figueirense começou a ganhar campo. Com chegadas interessantes de Jorge Henrique o perigo ia aproximando da meta do goleiro Victor. Aos 21, o Galo não conseguiu segurar. Em forte cobrança de falta de Zé Antônio – e com grande colaboração de Victor que falhou no lance – o Figueirense abriu o marcador.
Mas após o tento o Galo melhorou. Toda a equipe passou a ser superior, o Atlético dominou o meio campo e não sofreu nenhum susto mais. O resultado chegou três minutos após sua defesa ser furada.
Aos 24, Adilson, que estava avançado no momento, fez ótimo passe para Ricardo Oliveira. O camisa 9 do Galo, de perna esquerda, mandou para o fundo das redes e saiu para abraçar os companheiros.
O posicionamento de Cazares chamava bastante atenção: o equatoriano jogava atrás de Roger Guedes e Otero, no entanto, a frente dos dois volantes, fazendo um “terceiro homem do meio de campo”.
Até o termino do primeiro tempo o Galo teve, pelo menos, mas duas chances claras para ampliar o marcador, mas o resultado permaneceu.
O Atlético voltou com uma alteração. O zagueiro Gabriel deixou o gramado para a entrada de Maidana. Pelo lado do Figueirense, Betinho saiu com suspeita de fratura no pé direita. Pereira entrou na vaga.
O jogo, no entanto, era gelado. Nenhum dos lados conseguia agressividade e o duelo ficou chato e previsível. O técnico Thiago Larghi, para mudar algo em seu ataque, mandou Luan na vaga de Roger Guedes.
Aos 25 a emoção voltou. Em jogada na área atleticana, no meio da bagunça, Jorge Henrique apareceu para desviar e mandar no cantinho do goleiro Victor.
Depois de fazer o segundo gol, o Figueirense se fechou. O Atlético passou a dominar a partida completamente, mas não conseguia penetrar na defesa adversária.