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Atlético-MG sucumbe à pressão e cai por dois gols contra Olimpia

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Com atuação abaixo do esperado e com alguns de seus principais jogadores, como Ronaldinho, apagados em campo, o Atlético-MG foi derrotado na partida de ida da final da Copa Libertadores, na noite desta quarta-feira. Jogando no Estádio Defensores del Chaco, no Paraguai, o Olimpia usou a força de sua equipe para fazer 2 a 0, obrigando o Atlético-MG a, mais uma vez, ter que tirar desvantagem jogando em Belo Horizonte.

Vindo de reações contra Tijuana e Newell"s Old Boys, o Atlético-MG precisará vencer o Olimpia por três gols de diferença no Mineirão, na próxima quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), para ficar com o título inédito. Exclusivamente na final, gol fora de casa não vale como critério de desempate. Portanto, 4 a 1 a favor, por exemplo, será suficiente para o time comandado por Cuca se sagrar campeão.

O Olimpia, por sua vez, poderá até perder por um gol que fica com seu quarto título da competição. Se a diferença for de dois gols a favor do Atlético-MG, a decisão vai para os pênaltis. Em Assunção, o gol que definiu a vitória dos paraguaios foi marcado por Alejandro Silva, aos 23min do primeiro tempo. O time brasileiro demorou a reagir, principalmente pela inércia de atletas como Ronaldinho, que não conseguiu criar.

O Atlético-MG teve um primeiro tempo difícil no Estádio Defensores del Chaco. A equipe começou jogando bem, equilibrando o confronto, mas um erro de marcação deu ao Olimpia o primeiro gol: aos 23min, Alejandro Silva dominou pela direita e cortou para o meio enquanto a marcação tentou cobrir a movimentação dos atacantes Salgueiro e Barítez; com liberdade, Silva bateu da entrada da área no canto esquerdo de Victor.

A equipe brasileira, então, não se encontrou mais, com muitos erros de passe e marcação – principalmente com Pierre, que teve dificuldades para marcar Salgueiro, considerado o "cérebro" do Olimpia. Alejandro Silva, que deveria fazer a marcação pela direita, teve liberdade quase que total para se movimentar pelo ataque. O time paraguaio também teve espaço, mas não aproveitou suas oportunidades.

As melhores chances vieram com Diego Tardelli, melhor jogador atleticano. Por duas vezes, aos 21min e 31min, recebeu lançamento pela direita feito por Marcos Rocha, que aproveitou bem o espaço entre Nelson Benítez e Hermínio Miranda: na primeira, bateu para fora; na outra, foi travado pelo goleiro Martín Silva. O atacante ainda teve um gol anulado por impedimento, aos 6min, após passe de Ronaldinho.

De volta após o intervalo, o Atlético-MG corrigiu a marcação e passou a conter os avanços do Olimpia. Na frente, no entanto, pecava pela falta de criatividade, com jogadores como Ronaldinho e Luan anulados pelos paraguaios. Cuca mexeu e tirou do time exatamente esses dois, colocando Guilherme e Rosinei, respectivamente, aos 19min. A movimentação melhorou, e o time voltou a criar.

Aos 27min, por exemplo, Diego Tardelli mais uma vez saiu na cara do gol, em bola lançada por Marcos Rocha, mas acabou pego em posição irregular. Aos 32min, Guilherme lançou Jô pelo alto; o atacante dominou dentro da área e bateu cruzado, de esquerda, mas Martín Silva fez excelente defesa com os pés. Apesar da melhor, o clube escapou por pouco de levar o segundo gol, em uma chance incrível.

Aos 37min, uma triangulação do ataque do Olimpia dentro da área atleticana terminou com a bola tocada de lado para Ferreyra, com Victor vencido no lance. O jogador girou sobre a marcação e bateu para o gol, mas Leonardo Silva salvou em cima da linha; no rebote, Bareiro pegou de primeira, mas errou o gol vazio. O Atlético se complicou ainda aos 44min, com a expulsão de Richarlyson após o segundo amarelo por falta dura.

No último lance, em falta perigosa cobrada da intermediária, o Olimpia conseguiu o segundo gol. Pittoni cobrou por cima da barreira e Victor, que foi para a bola, acabou atrapalhado por Alecsandro – o atacante foi em direção ao gol para tentar tirar com a cabeça. A bola tocou no travessão e pingou dentro do gol, para festa do torcedor que lotou o Estádio Defensores del Chaco.

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