O Atlético Mineiro não fez boa partida nesta quarta-feira, no Estádio Independência, contra o Racing, na volta pelas oitavas de final da Libertadores. Nevoso, errando em sequência, com quase todos os seus jogadores muito abaixo da expectativa. Felizmente, dois fizeram a diferença: o goleiro Victor com defesas seguras e, principalmente Lucas Pratto. O camisa 9 jogou sozinho por todo o ataque e foi determinante para a vitória por 2 a 1 e que levou o time para as quartas de final num duelo brazuca contra o São Paulo (na ida, deu empate, 0 a 0).
Foi Pratto quem inventou a jogada que originou o gol de Carlos. E foi do gringo o gol da vitória no segundo tempo. Pratto também perdeu um pênalti, no fim. Mas a torcida não queria saber e aplaudiu efusivamente o melhor jogador em campo logo após a cobrança. Lisandro López, de pênalti, no primeiro tempo, fez o gol dos argentinos, que jogaram muito bem.
Agora, Atlético e São Paulo reeditam confronto que ocorreu na Libertadores-2013 tanto na fase de grupos (uma vitória para cada lado) como nas oitavas (duas vitórias do Galo). O time mineiro, dono de melhor campanha, jogará
a segunda partida em casa. O jogo 1 será no Morumbi.
O JOGO
O Atlético decepcionou no primeiro tempo. Cometendo erros de marcação pelo setor direito da sua defesa – já que o lateral Marcos Rocha quando saía para o ataque e tinha uma cobertura de Leandro Donizete muito falha e quando se fixava atrás tinha dois ou três rivais caindo por ali – o time mineiro viu os argentinos dominarem o início do jogo. Tanto que o Galo só foi assustar num chute de longe e fraco de Leo Silva e, depois, no seu primeiro ataque efetivo, no lance de seu primeiro gol: uma bola roubada que Lucas Pratto cruzou para a entrada em velocidade de Carlos.
Nem mesmo a vantagem fez o Galo dominar. Pelo contrário. Caindo sempre pela esquerda, Lisandro López e Acuña levavam vantagem sobre os defensores. Num desses lances, Lisandro apareceu na área e foi derrubado por Leandro Donizete. Ele mesmo cobrou o pênalti que empatou o jogo.
O nervosismo tomou conta de vez do Atlético. Robinho era peça nula, Rafael Carioca se estranhava na marcação cerrada a Romero. Exceto por Pratto, que precisou sair para buscar o jogo, todo time atleticano estava abaixo da expectativa e só foi chegar novamente aos 44 minutos, numa cabeçada de Robinho bem encaixada pelo goleiro Ibáñez. Felizmente para os mineiros, o bom toque de bola do Racing não gerava finalizações perigosas, exceto uma cabeçada de Lisandro López no último lance antes do intervalo.
No segundo tempo, o Atlético melhorou a postura, passou a reter a bola e teve uma chance de ouro aos sete minutos num chute de fora da área que bateu no travessão e voltou para Robinho. Porém, o Rei das Pedaladas demorou para decidir-se por uma cabeçada que foi para fora.
O Racing também estava ligado. Sempre atacando em cima de Marcos Rocha, perdeu dois gols feitos com Romero e Lisandro López. Nas duas vezes o goleiro Victor esteve muito bem.
O Galo não merecia a vitória. Mas o time mineiro tem Lucas Pratto. Aos 26, o argentino, na marra e bem marcado, escorou falta levantada por Rafael Carioca e classificou o Atlético, que levou sufoco no fim, quando o Racing,, a Academia, apostou em quatro atacantes para chegar ao empate que valeria a classificação às quartas.
Aos 35 minutos, Leo Silva escorou um escanteio que bateu na mão de Sánchez. Penâlti que Lucas Pratto cobrou e perdeu (ele perdera o seu primeiro pênalti na carreira há dias contra a URT, pelo Mineiro). A torcida aplaudiu seu craque, que ainda fez uma bela jogada aos 43 minutos, dando de bandeja uma bola que Junior Urso chutou em cima do goleiro.