O torcedor atleticano que lotou o Mineirão, neste domingo, para acompanhar o primeiro jogo decisivo da final do Mineiro não esperava uma partida tão difícil como foi o duelo contra a Caldense. Durante a maior parte do tempo, o confronto foi equilibrado no Gigante da Pampulha, e terminou com o empate sem gols, que mantém a Veterana invicta no Estadual e precisando de apenas um empate para ficar com o título.
Com o resultado, a Caldense que fez a melhor campanha da fase de classificação fica muito perto de comemorar o título Mineiro pela segunda vez em sua história. Para ser campeão, o Atlético-MG vai precisar quebrar a invencibilidade da Veterana, vencendo por qualquer placar em Varginha.
O duelo da volta, que vai definir o Campeão Mineiro de 2015, será realizado no próximo domingo, no estádio Melão, em Varginha. A Caldense não poderá mandar o jogo em Poços de Caldas porque o estádio Ronaldão não tem a capacidade mínima de dez mil torcedores exigida pelo regulamento.
O jogo – Mesmo atuando em casa, o Atlético-MG não conseguiu pressionar a Caldense nos primeiros minutos do jogo. A equipe de Poços de Caldas se fechou bem, diminuindo os espaços do Galo, e apostando nos contra-ataques para surpreender os atleticanos. Percebendo a dificuldade do Atlético-MG, os mais de 50 mil torcedores começaram a apoiar o time alvinegro.
Mesmo com a força da torcida, a primeira chance de gol foi da Veterana, que após cobrança de escanteio quase marcou com um desvio de cabeça, que passou sobre o travessão de Victor. Com marcação forte no meio-campo e saída em velocidade para o ataque, a Caldense mostrou que não chegou até a decisão por acaso.
Apesar da movimentação, Dátolo e Guilherme tiveram problemas para armar o time do Atlético-MG, com os defensores do time visitante interceptando bem os lançamentos. Em vários momentos do jogo, a Caldense equilibrou as ações ou chegou a ser melhor que o Galo, dando trabalho para Victor, que foi mais acionado que Rodrigo na outra meta.
Com uma transição lenta do meio-campo para o ataque, o Atlético-MG desenvolveu o jogo no Gigante da Pampulha de forma cadenciada. Um dos motivos para isso foi sem dúvida, o ótimo posicionamento da Caldense, treinada pelo jovem Léo Condé. Para se ter uma ideia, o time do Sul de Minas é o que possui a melhor defesa do Mineiro.
Na melhor chance do Galo no primeiro tempo, Luan cruzou na medida para Carlos, que testou com consciência para o gol, mas o goleiro Rodrigo se esticou todo para fazer excelente defesa, salvando a Caldense. Após a jogada, o Atlético-MG passou a chegar ao ataque com mais frequência, mas sem conseguir vazar a meta visitante.
No segundo tempo, a Caldense não mudou a forma de jogar, marcando forte e não dando espaços para o Atlético-MG, situação que preocupou o técnico Levir Culpi. Como a bola não chegava dentro da área, o avante argentino Lucas Pratto resolveu buscar o jogo no meio-campo e passou a aparecer mais na partida.
Sem conseguir ultrapassar as linhas de marcação da equipe visitante, o Galo passou a apostar nos chutes de média e longa distância, que levaram a algum perigo, mas sem conseguir balançar as redes. Com o Atlético-MG morno, os mais de 50 mil torcedores resolveram empurrar o time no grito, e dentro de campo os jogadores passaram a se empenhar mais na busca do gol.
Aparentando satisfação com o empate, a Caldense começou a valorizar cada jogada em busca de levar a decisão para o jogo de volta. Em contrapartida, os atleticanos tentavam intensificar as ações ofensivas com a chegada de vários atletas no campo de ataque, mas ainda com dificuldade para concluir as oportunidades criadas.
Após os 35 minutos, o Galo procurou agredir um pouco mais, porém, errou muito passes e teve que se contentar com o empate, que deixa a decisão do Mineiro em aberto, mas com vantagem para a Caldense, que se não sofrer gols na partida da volta fica com o título Mineiro. Se levantar a taça, será a segunda vez que o time do interior consegue este feito.