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Associação Mato-grossense de Cronistas Esportivos acionará CBF por restrições na cobertura de competições

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Redação Só Notícias (foto: Edson Rodrigues/arquivo)

A Associação Mato-grossense de Cronistas Esportivos (Amace), entidade filiada à Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos (Abrace), responsável pelo credenciamento dos profissionais de imprensa esportiva no Estado de Mato Grosso, pode acionar judicialmente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

A entidade que representa a imprensa esportiva alega que ao divulgar o documento chamado de ‘Diretriz Técnica Operacional’, na última sexta, a CBF ‘impediu’ os profissionais de exercerem a profissão nas competições nacionais realizadas nos estádios brasileiros. “O documento da CBF é uma afronta, está cerceando o direito de repórteres, narradores e comentaristas, ocuparem seus postos de trabalho nos estádios”, condena Orlando de Oliveira Antunes, presidente da associação estadual de Mato Grosso.

Na petição que deve ser protocolada no Rio de Janeiro, contra a CBF, a Amace alega que “as restrições não levaram em conta o pequeno número de emissoras de rádio locais que transmitem as competições, e que a Arena Pantanal possui o terceiro piso isolado, apenas para a imprensa esportiva, com cabines em separado’.
Segundo ainda o documento, “não há condições técnicas de operar os equipamentos de transmissão nas arquibancadas, onde não há sem energia elétrica, internet ou cabeamentos”, diz a Amace.
A entidade se mostra contrária inclusive à exigência de manter os repórteres longe do campo de jogo.

“A distância entre os repórteres, sempre posicionados atrás dos gols e os atletas em campo é superior a 10 metros, deste ponto os profissionais tem melhor visão para relatar as jogadas ao vivo. A exigência de manter os profissionais nas arquibancadas prejudica a qualidade técnica e operacional da transmissão”, pontua Antunes, através do advogado Ussiel Tavares, que já presidiu o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) e tem profundo conhecimento no futebol.

Não bastassem esses argumentos a Amace cita a crise financeira que se abateu sobre a categoria, gerando dezenas no estado e centenas de desempregados no Pais, devido a pandemia. “Não estamos brigando apenas pelos profissionais de Mato Grosso, mas por todos os colegas do País, para continuarmos informando com precisão e isenção os ouvintes/torcedores, respeitando as normas de biossegurança exigidas pelas autoridades sanitárias, como aferição de temperatura corporal na entrada dos estádios, uso se máscara facial e higienização com álcool gel,” disse o presidente.

Antunes lembrou que no estado do Paraná, ação movida pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado do Paraná (AERP) e Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Paraná (SERT-PR), obteve êxito ao questionar ação semelhante. A Federação Paranaense de Futebol (FPF) havia liberado apenas os funcionários da Dazn, emissora que transmite as partidas via streaming para transmissão, vetando todos os demais profissionais.

Entre os argumentos, a juíza Carla Melissa Martins Tria, da 7ª Vara Cível de Curitiba, afirmou que “impossibilitar que os profissionais acessem os estádios e realizem a transmissão sonora é, portanto, chancelar a exclusão social de uma massa composta por milhares de ouvintes, torcedores ou não” e ‘o rádio exerce um papel de inegável’.

A estreia do Cuiabá – representante de Mato Grosso na Série B do Campeonato Brasileiro, está prevista para o dia 8 de agosto, na Arena pantanal, contra o Brasil de Pelotas-RS.

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