terça-feira, 24/setembro/2024
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Arquiteto afirma que Verdão não será um "elefante branco"

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As sedes de Cuiabá e Manaus receberam na semana passada os inspetores do comitê organizador local da Fifa, que viram duas das obras mais adiantadas para a Copa de 2014. No entanto, ambas as cidades convivem com a crítica de que milhões serão investidos em novas arenas que não passarão de elefantes brancos após o Mundial. O Amazonas, por exemplo, conta com apenas um representante no Brasileiro da Série D, contando todas as ligas nacionais. Já Mato Grosso tem um na Série C e dois na quarta divisão. Pouco futebol para muita pretensão dos projetos, que atendem todas as exigências da Fifa para uma Copa do Mundo.

Para fugir da ameaça do governo de cortar algumas sedes previstas para a Copa no Brasil, Manaus e Cuiabá trataram de começar logo as obras, e, junto com Belo Horizonte e Salvador, são as sedes mais adiantadas entre todas as 12 anunciadas. Além disso, tiveram cuidado especial na concepção dos projetos. O de Cuiabá, por exemplo, prevê a remoção de 17 mil lugares após a Copa, para reduzir custos de manutenção. A Arena Amazônia, por sua vez, nasce com o conceito de área multiuso a ser aproveitada também como atração turística.

Por outro lado, Manaus lida com uma denúncia feita pelo Instituto Amazônico de Cidadania, que entrou no Ministério Público para tentar impedir o andamento das obras. Para a entidade, o certo não é gastar R$ 500 milhões para erguer um novo estádio para 52 mil pessoas, e sim reformar a estrutura do Vivaldão, que está sendo demolido.

Para Danilo Carvalho, arquiteto responsável pelos projetos de Cuiabá e Manaus, essa possibilidade não existe, e o Vivaldão vai mesmo desaparecer para a construção da Arena Amazônia. "Formalizamos a resposta a essa denúncia, e o governo vai responder embasando o motivo da demolição. Apenas reformar o Vivaldão seria dizer não para a candidatura de Manaus. O estádio atual não teria as mínimas condições de sediar uma Copa", avaliou Carvalho, adiantando que a nova arena será gerenciada por uma operadora, que ficará responsável pelo aproveitamento do espaço após a Copa.

Cuiabá, embora ainda não tenha uma empresa contratada para gerenciar a arena depois do Mundial, conta com a mesma proposta. "O estádio de Cuiabá começou desde o zero com essa preocupação de elefante branco e viabilidade econômica", reconheceu Danilo Carvalho. A arena de R$ 342 milhões será construída no lugar do estádio Verdão, que já está em processo de demolição.

Dos 43 mil lugares iniciais, 17 mil poderão ser removidos depois da Copa, graças a uma estrutura flexível que poderá ser vendida ou reaproveitada. A remoção de assentos visa reduzir custos e adaptar o local a outros eventos como feiras e shows.

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