Os casos de doping de lutadores do UFC, como Anderson Silva, Nick Diaz, Jon Jones, Hector Lombard e Ashlee Evan-Smith, tiveram grande repercussão nas últimas semanas. Para não permitir que a modalidade seja “manchada”, os chefes da maior organização de MMA no mundo anunciaram novas medidas para evitar o uso de substâncias proibidas no esporte.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Las Vegas, o presidente do UFC, Dana White, e Lorenzo Fertitta, dono da Zuffa, empresa que administra o evento, revelaram que o UFC fará pelo menos três testes anuais em todos os atletas contratados pela marca.
A USADA (United States Anti-Doping Agency) será a parceira do UFC no projeto de diminuir os resultados positivos nos exames antidoping. A ação ainda acontecerá ao mesmo tempo dos testes realizados pelas comissões atléticas.
“Estamos cada vez mais engajados para impedir o uso de substâncias proibidas que constantemente ameaçam o nosso esporte. Em testes antidoping recentes atletas foram flagrados usando essas substâncias e isso nos fez ver que precisamos melhorar a nossa política de controle. O UFC não é mais imune a esses procedimentos ilegais, e temos que agir fortemente para proteger a integridade física e a saúde dos nossos atletas”, disse Lorenzo, que avisou que o investimento será alto na realização dos exames e, que a partir da agora, o UFC vai brigar por penas mais duras contra os lutares pegos por doping.
“Fazendo isso, vamos continuar a ser líderes no MMA e no esporte em geral. O UFC vai querer que 100% dos lutadores de cada card seja testado no dia da competição. Nós vamos cobrir os custos adicionais desse processo. Serão cerca de 481 testes ao longo de 41 eventos em um ano. Haverá testes fora das competições, e vamos montar procedimentos e contratos para isso. No total, 585 atletas serão testados de surpresa a partir de 1º de julho sob os padrões da Wada. Gastaremos alguns milhões de dólares para que isso seja feito, e lutaremos por penas mais longas e mais duras junto às comissões atléticas. Hoje, o padrão de suspensão é de dois anos, mas queremos que o período de suspensão seja ainda maior, provavelmente de dois a quatro anos para os flagrados pela primeira vez”, explicou.