As diretorias do Mixto e do Operário protocolaram ontem, na sede da FMF – Federação Mato-grossense de Futebol, recurso com pedido de efeito suspensivo contra a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva da FMF que puniu os clubes com a perda de seis pontos mais multa de mil reais por utilizarem jogadores irregulares na primeira rodada do Mato-grossense deste ano. O dirigente mixtense Júlio Pinheiro foi mais além e impetrou pedido com mandado de garantia com efeito suspensivo requerendo a paralisação do campeonato mato-grossense.
“É o momento único de passar a limpo o futebol de Mato Grosso e a situação está tão complicada que a cada passo fica mais complicado ainda. Então o momento de parar e analisar tudo” argumentou Júlio Pinheiro. O dirigente se diz desequilibrado emocional e psicologicamenge devido a problemas de força maior além de dificuldades financeiras. “Querem derrubar o Mixto e não é assim. O Mixto é o atual campeão mato-grossense e merece ser respeitado e em nenhum momento agimos de má fé”, argumenta o dirigente.
Júlio Pinheiro, em seu pedido de liminar, solicita que o TJD faça um levantamento de todos os clubes que participam do Estadual se estão com seus documentos regularizados e apareçam no BID-E (Boletim Informativo Diário Eletrônico) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “Vários clubes estão irregulares e querem o Mixto como bode expiatório do campeonato. Porque então que inverteram a pauta do julgamento de terça-feira, quando seria o Mixto o primeiro a ser julgado e não o Operário, criando uma jurisprudência para sofremos as mesmas punições que o time de Várzea Grande”, argumenta.
E indaga: “no ano passado protestei contra o Cacerense que não tinha seus jogadores inscritos no BID-E da CBF e a alegação era de que em campeonato regional não seria necessário constar no BID-E. Agora sou punido justamente por causa disso e mesmo assim estou cumprindo determinação da FMF e após a primeira rodada não utilizei nenhum jogador que não contasse no BID-E”, explicou. “Se é para moralizarmos o futebol de Mato Grosso, então o momento é este e vou até as últimas conseqüências”, finalizou, afirmando que sua equipe não vai jogar amanhã, em Lucas do Rio Verde e que não teme as represálias da FMF.