Artilheiro do São Paulo na temporada, ao lado de Luis Fabiano, Aloísio ainda não foi procurado pela diretoria para falar sobre seu contrato, que vence em 30 de junho de 2014. O atacante quer ficar, mas já se vê à vontade para cobrar valorização. Principalmente depois de ter recusado uma proposta milionária da China, no meio do ano.
“Era uma proposta que ia mudar minha vida, com certeza”, diz o jogador, que fora comunicado da oferta no dia da final da Recopa Sul-americana, contra o Corinthians, em julho. “Naquele momento, achei que não era hora de sair. Meu time precisava ser campeão, falei que não queria sair. Pode ter certeza de que aquela proposta mudaria a minha vida e da minha família”.
Seu vínculo foi feito nos mesmos moldes de outros atletas empresariados por Eduardo Uram. Aloísio é registrado no Tombense, de Minas Gerais, e emprestado ao São Paulo – com um salário hoje desatualizado para quem foi um dos goleadores da equipe no ano, depois de ter chegado do Figueirense.
A pouco menos de sete meses do final do empréstimo, ele pleiteia um contrato definitivo, com aumento salarial, para não ter que recusar eventuais novas ofertas. “Se eu fiquei na primeira vez que recebi proposta, espero que as pessoas reconheçam também meu trabalho e a dedicação que tive pelo clube. É a única coisa que eu peço”, falou, prometendo abdicar de qualquer compromisso se for chamado para conversar durante as férias.
“As pessoas da diretoria, o presidente, sabem valorizar as pessoas que se dedicam pelo clube. Estou bem tranquilo quanto a isso. Vou esperar a decisão deles, senão vou cumprir meu contrato numa boa. A gente tem que pensar neste último jogo (contra o Coritiba, no domingo), depois tiramos férias. E se tiver que decidir nas férias, não tem problema nenhum”, avisa.
Embora se imagine por mais muitos anos com a camisa tricolor, Aloísio não descarta deixar o clube se receber proposta semelhante à anterior e não for valorizado pelo São Paulo. “Era um momento diferente. Quando recebi aquela proposta, era dia de um final contra nosso rival”, pondera o centroavante, envolvido novamente em especulação no mercado asiático.
O momento é apropriado para Aloísio cobrar valorização, diferente da primeira vez em que se negou a ir para a China e, na sequência, passou um longo período sem balançar a rede. “Fiquei mais de um mês sem fazer gol. Foi f… (risos). Mas depois voltei a fazer. Naquele momento, fiz a coisa certa. Não sei se pensando em mim, mas no São Paulo”, concluiu o jogador, que, a princípio, voltará de férias em 6 de janeiro, com o restante do elenco.