Falecido na manhã desta quarta-feira por falência de múltiplos órgãos em decorrência de uma doença rara, própria da medula óssea, chamada de Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), o ex-atacante Alex Alves será sepultado em Salvador, na quinta, sob responsabilidade do Esporte Clube Vitória, equipe em que foi revelado na temporada 1993, ao lado de futuros ídolos como Dida, Paulo Isidoro e Vampeta.
Alex Alves chegou ao Leão da Barra com 12 anos, em 1987, e subiu para os profissionais seis anos depois. Referência no ataque do time vice-campeão brasileiro de 1993, foi negociado com o Cruzeiro e, a seguir, com o Hertha Berlin, da Alemanha. Em 2003, teve uma breve passagem pelo Atlético e no ano seguinte se transferiu para o Vasco da Gama. Em 2005, foi repatriado pelo clube baiano, mas não conseguiu repetir as atuações que consagrou jogando capoeira nas comemorações de gols.
O presidente do clube, Alexi Portela, designou Flávio Tanajura, assessor da diretoria de futebol do Vitória, para conversar com os ex-jogadores Paulo Isidoro e João Marcelo, que ajudam a família no traslado do corpo de Alex Alves e providenciar o sepultamento. "O clube se responsabilizará pelo sepultamento que deverá ocorrer nesta quinta-feira, 15 de novembro, às 15h30 de Brasília, no cemitério Jardim da Saudade, no Bairro de Brotas", expõe a nota oficial do clube.
"Com tristeza recebi a notícia. Alex Alves sempre teve um carinho especial pelo Vitória e mesmo depois que se transferiu para o futebol europeu manteve este laço de amizade. Lamento e quero, em nome do clube, transmitir aos seus familiares o mais profundo pesar", relatou o presidente do Vitória.
Paulo Carneiro, mandatário do clube na ocasião da ascensão de Alex Alves aos profissionais, também lamentou o falecimento do jogador na cidade paulista de Jaú, pelo Twitter: "Conheci Alex Alves em Salinas da Margarida aos 13 anos, e podia ter lhe ajudado mais. Um dos maiores da historia do clube. Que o clube possa dar o apoio à família. Vá em paz".