Após o modesto 4 de Julho, do Piauí, eliminar o Cuiabá na segunda fase da Copa do Brasil, semana passada, e faturar R$ 1,7 milhão, o torcedor tem se perguntado: será que essa proeza pode se repetir no Campeonato Mato-grossense, onde o Dourado é o franco favorito? Se depender do Ação isso pode ocorrer nas semifinais do Estadual; isso se o Cuiabá eliminar o Dom Bosco e o Ação avançar sobre o União nas quartas de final que começam nesse fim de semana.
O clube empresa fundado há 13 anos em Várzea Grande, mas transferido para Santo Antônio de Leverger – cidade ribeirinha a apenas 30 Km da capital – foi o último campeão da Segunda Divisão e adotou a ave símbolo do Pantanal como mascote – o Tuiuiú.
Formado por pratas da casa como Paulinho Mingau e jovens talentos como Pikachu, o time se reforçou: contratou Lukako, Lucas Straub e Dudu, e vem aprontando. Na quarta rodada da Primeira Fase, por exemplo, segurou o Dourado num empate sem gols; depois fez 6 x 0 no rebaixado Poconé, empatou em 1 x 1 com o Sorriso, fora de casa e fez 3 x 0 sobre o União, na última rodada. Foram quatro vitórias em 9 jogos, inclusive sobre o Sinop, também fora de casa; dois empates e três derrotas. O time treinado pelo ex-jogador Odil Soares, marcou 16 gols, sofreu 8 e teve um aproveitamento de 51,9% na primeira fase.
O time treina em dois períodos no único campo que a cidade de Santo Antônio possui e tem que desviar de touceiras de estrume de vaca que pastam no local, em outros horários.
Curiosamente a faixa salarial dos atletas é maior que a do 4 de Julho. Um dos atacantes tem um salário de R$ 6 mil – bem acima dos padrões pagos pelos clubes cuiabanos. O presidente nega: “Nossa folha é de R$ 80 mil”, diz João Benedito.