Para Abel Braga, o Inter não foi surpreendido. O Cuiabá já havia sido estudado pela comissão técnica. O time sabia que o adversário jogaria no contra-ataque. Mesmo assim, a postura dos jogadores, em especial no primeiro tempo, incomoda o treinador para a sequência dos campeonatos.
O técnico revelou, após o jogo, que analisou três partidas do rival. Preparou a equipe para pressionar o Cuiabá o tempo todo, mas evitar ceder o contra-ataque. Como o gol de Washingtom saiu exatamente assim, pelo lado direito da defesa desguarnecido, sobrou para todo mundo.
— Pelo primeiro tempo, foi até barato. Não estava entendendo nada. É uma equipe que joga muito bem no contra-ataque. De qualquer maneira, estivemos abaixo do nosso normal — definiu Abel.
LEIA MAIS:
Rafael Moura marca no fim e Inter empata com o Cuiabá
"Ficamos devendo", lamenta o autor do gol de empate
A substituição de Gilberto, logo no intervalo, foi justificada pelo técnico por perceber que o atleta estava fora de sintonia da equipe. O substituto direto, Cláudio Winck, está machucado. Diogo, que atuou contra o Botafogo, teve o contrato expirado e não pôde renovar devido ao feriado do Dia do Trabalhador. A solução foi improvisar Jorge Henrique na posição.
Apesar das críticas, Abel se diz satisfeito com o resultado. Não tanto pelo empate em si. Mas, pelo gol fora de casa, ele espera que Luciano Dias modifique a forma do Cuiabá atuar em Porto Alegre.
— Isso é Copa do Brasil. Ter feito um gol fora de casa, em mata-mata, não é ruim. Mas sabemos que, como hoje, vai ser difícil também no Beira-Rio — projetou o treinador.