A cem dias da Copa do Mundo no Brasil, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ignorou todos os atrasos das construções dos estádios, além dos protestos de milhares de pessoas contra a realização do Mundial, e garantiu que “tudo está sob controle”, projetando uma competição “excepcional”.
“Todos os problemas estão sob controle. Em cem dias, haverá um começo excepcional para um torneio igualmente excepcional, a Copa do Mundo da Fifa no Brasil, o país do futebol”, disse o mandatário ao site oficial da entidade máxima do futebol mundial.
No entanto, o suíço admitiu que, até o pontapé inicial, marcado para o Itaquerão, em São Paulo, haverá tempo para “algumas correções” – os estádios são a maior preocupação. Curitiba, por exemplo, correu sério risco de deixar de ser cidade-sede recentemente.
Blatter também aproveitou para pedir o apoio da torcida brasileira para todas as 32 seleções classificadas para a Copa. “Há outros times que também querem ter essa posição privilegiada; São 200 milhões de futebolistas, então peço para que apoiem todos”, finalizou.
Inicialmente, a Fifa determinou que todas as obras estivessem prontas até dia 31 de dezembro. Até agora, nove das 12 sedes já foram inauguradas. São Paulo, Curitiba e Manaus, principalmente as duas últimas, são as que mais inspiram cuidados da organização.
No sábado passado, durante evento da Fifa, o secretário-geral Jérôme Valcke voltou a usar a expressão “chute no traseiro”. Perguntado se o Brasil merecia, o compatriota de Blatter não descartou. “Me perguntem depois da Copa do Mundo”.